Como funcionam estudos da astrobiologia?
A astrobiologia é um campo multidisciplinar, ou seja, reúne estudos de diferentes disciplinas, como química, física, biologia, astronomia e geologia. Ela está dividida em duas principais linhas de pesquisa:

1 – A investigação de diferentes organismos do nosso próprio planeta que seriam capazes de sobreviver em condições diferentes às da Terra. A ideia é criar suposições de como os seres extraterrestres poderiam ser.

2 – A procura, em diversos corpos celestes, por evidências de seres vivos fora do planeta, utilizando equipamentos tanto da Terra (como telescópios), quanto enviados ao espaço (caso do rover Perseverance — clique aqui para saber mais).

O que se sabe até agora?
Não foi encontrada nenhuma evidência incontestável de vida extraterrestre até o momento. Mas há indícios sendo examinados. Confira alguns desses casos:

ÁGUA EM MARTE
A água teve papel fundamental na origem da vida na Terra, por isso é um dos itens mais procurados por cientistas em outros planetas. A partir de dados coletados por sondas das agências espaciais europeia (ESA) e norte-americana (Nasa), pesquisadores divulgaram, em agosto de 2022, um mapa hídrico de Marte, revelando as áreas que apresentam evidências de que tenha existido água no planeta. Nos últimos anos, também foram descobertos vestígios de moléculas orgânicas (que poderiam indicar vida no passado) no solo marciano, tanto pelo rover Perseverance, como por seu antecessor, o Curiosity.

FOSFINA EM VÊNUS
A fosfina é um tipo de molécula orgânica presente em planetas como Júpiter e Saturno. Na Terra, ela é produzida por processos que envolvem seres vivos. Porém, em Júpiter e Saturno, a fosfina é resultado de processos inorgânicos (sem a interferência de vida). Em 2020, cientistas descobriram a presença do gás fosfina na atmosfera de Vênus, mas ainda não se sabe como ele é produzido por lá.

ÁGUA LÍQUIDA EM LUAS
Um estudo publicado em 2019, na revista Nature Astronomy, confirmou a presença de água líquida em uma das luas de Júpiter, chamada Europa. A água nesse estado também foi identificada em Enceladus, uma das luas de Saturno.

PLANETAS EM ZONAS HABITÁVEIS
São os planetas que orbitam a uma distância segura de uma estrela, ou seja, nem tão perto para não ficar muito quente, nem muito longe, o que geraria frio excessivo. A Terra, por exemplo, está em uma zona habitável na órbita do Sol, o que permite a existência de vida por aqui. Alguns planetas presentes nessas zonas já foram descobertos pela Nasa, como o Kepler-186f. A agência atualiza constantemente uma lista de planetas fora do Sistema Solar que estão em zonas habitáveis. A última atualização, de setembro de 2022, é de 146 planetas.

Fontes: G1 e Nasa.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 195 do jornal Joca.

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