Em 16 de fevereiro, a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) divulgou que está procurando candidatos para uma missão que pretende simular, durante um ano, a estadia na superfície de Marte. Os escolhidos ficarão na estação espacial Johnson, no Texas (EUA), em uma área de 157 metros quadrados, com um habitat que imita as condições de vida no planeta. As inscrições para participar da missão podem ser realizadas no site da Nasa até 2 de abril. 

#pracegover: imagem de Marte visto de frente, em tons de terra, branco e partes mais escuras. Crédito de imagem: Nasa, Nasa/Bill Stafford, Aubrey Gemignani/Nasa via Getty Images

A iniciativa faz parte de um projeto com três simulações da vida em Marte para compreender como os humanos poderiam explorar o planeta, levando em consideração questões como clima e solo. 

Quem pode se candidatar? 
A estadia de um ano está programada para começar no segundo semestre de 2025. Os requisitos para os candidatos são: 

  • Ser cidadão ou residente permanente dos EUA. 
  • Ter entre 30 e 55 anos. 
  • Não fumar. 
  • Ser pós-graduado em algum campo da engenharia, matemática, biologia, física ou ciência da computação. 
  • Fluência em inglês. 
  • Ter ao menos dois anos de experiência profissional ou o mínimo de mil horas pilotando uma aeronave.
  • Desejo de viver aventuras únicas.
#pracegover: sala para convivência dentro do ambiente da simulação tem televisões, mesa, cadeiras e poltronas. Crédito de imagem: Nasa, Nasa/Bill Stafford, Aubrey Gemignani/Nasa via Getty Images
#pracegover: dentro da simulação, área para cultivo de alimentos, com armários e prateleiras. Crédito de imagem: Nasa, Nasa/Bill Stafford, Aubrey Gemignani/Nasa via Getty Images

UM SER HUMANO CONSEGUIRIA VIVER EM MARTE?
Em nosso sistema solar, Marte é considerado o planeta mais parecido com a Terra. Por isso, diferentes empresas espaciais realizam estudos sobre uma possível habitação humana por lá. No entanto, viver em Marte seria um pouco difícil por alguns fatores, como temperaturas muito baixas, pouco oxigênio e radiação solar extremamente forte.

#pracegover: imagem da parte externa da simulação de Marte mostra solo avermelhado. Crédito de imagem: Bill Stafford

Outras notícias do espaço 

EUA de volta à Lua
Em 15 de fevereiro, o módulo lunar Odysseus, a bordo da nave Falcon 9 (da empresa SpaceX), foi lançado na missão IM-1 para a Lua. A viagem, apoiada pela Nasa, é uma iniciativa da companhia Intuitive Machines e marca o retorno dos EUA à superfície lunar após 52 anos. Sete dias depois, Odysseus aterrissou às 20h24 (no horário de Brasília), marcando o primeiro pouso na Lua de uma empresa privada. 

#pracegover: Nave estacionada em solo lunar, feita de materiais de metal e nas cores branca e amarela. É possível ver a bandeira dos Estados Unidos, formada por listras brancas e vermelhas, com um retângulo azul na parte esquerda superior. Crédito de imagem: Nasa, Nasa/Bill Stafford, Aubrey Gemignani/Nasa via Getty Images

Russo quebra recorde de tempo no espaço
Em 4 de fevereiro, o astronauta russo Oleg Kononenko se tornou a pessoa a permanecer mais tempo no espaço: ele não volta à Terra há mais de 890 dias, cerca de dois anos e meio. Seu retorno está previsto para 23 de setembro, quando completará 1.110 dias no espaço. De acordo com a Corporação Estatal de Atividades Espaciais Roscosmos, da Rússia, Kononenko superou o antigo marco do também russo Gennady Padalka, que passou 878, 11 horas, 29 minutos e 48 segundos fora do planeta. 

#pracegover: Oleg está sentado em uma cadeira preta. Ele veste um macacão azul com brasões. Crédito de imagem: Aubrey Gemignani/Nasa via Getty Images

LUA ESTÁ ENCOLHENDO LENTAMENTE 
Um estudo financiado pela Nasa e publicado em 25 de janeiro, pelo Planetary Science Journal (“jornal de ciência planetária”, em tradução livre), mostra que a Lua está encolhendo lentamente há milhões de anos. Imagens obtidas pela espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) revelam que a massa lunar está se contraindo como uma uva-passa. Isso acontece porque o núcleo externo do satélite, após derreter e resfriar, faz com que a superfície se adapte ao novo formato interno, diminuindo seu tamanho e provocando pequenas fissuras e terremotos. 

FONTES: NASA, THE GUARDIAN, PLANETARY SCIENCE JOURNAL, JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH, UFMG, THE RUSSIAN GOVERNMENT, CNN, G1, O GLOBO E INTUITIVE MACHINES. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 218 do jornal Joca.

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