Crédito de imagem: Joyce Diva/Getty Images/reprodução

Em 2023, sete de cada dez domicílios brasileiros (56,7 milhões de um total de 78,3 milhões) tiveram acesso regular a alimentos de qualidade, o que representa um aumento de 9,1% no índice de segurança alimentar do país em comparação com o registrado no período entre 2017 e 2018. Os dados foram divulgados em 25 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Aproximadamente, 21,6 milhões de domicílios (27,6%) enfrentam insegurança alimentar, situação em que há presença da fome e ausência de alimentos nutritivos.

“O fenômeno é mais recorrente nas áreas rurais. É justamente nessas regiões que reside a população com menor poder aquisitivo e condições mais precárias de trabalho”,

explica Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE e professor de economia na Faculdade Cásper Líbero (FCL).

Pobreza cai para menor índice registrado desde 2012

Outro número revelado pela Pnad Contínua indica que o índice de pobreza no Brasil caiu cerca de 27,5% em 2023, o menor patamar desde 2012, quando a pesquisa teve início. Em comparação a 2022, quando o índice foi de 31,6%, houve uma redução de cerca de 4,2%, o que equivale a 8,5 milhões de brasileiros que saíram da pobreza em 2023. A diminuição ocorreu no Distrito Federal e em 25 estados, das 27 unidades da federação.

No entanto, vale ressaltar que ainda são milhões de brasileiros em situação de pobreza e insegurança alimentar. “É necessário também que existam ações para que as famílias saiam permanentemente dessa situação. Neste sentido, a melhoria no mercado de trabalho, com a redução de pessoas atuando na informalidade, seria uma das alternativas”, ressalta Jefferson.

Fome x insegurança alimentar?

Apesar de parecidos, insegurança alimentar e fome são diferentes. Fome é a situação em que alguém constantemente não tem nada para comer. Insegurança alimentar é diminuir a quantidade e a qualidade dos alimentos, não ingerindo os nutrientes necessários para viver com saúde.

Fontes: IBGE e GOV.BR.

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