Medida aguarda aprovação do rei Charles III
No dia 22 de abril, o parlamento do Reino Unido aprovou uma lei que permite enviar forçosamente imigrantes que pedem asilo político em solo britânico para Ruanda, na África Oriental.
O Reino Unido recebe um fluxo alto de imigrantes ilegais — só em 2023, foram 29.437 barcos que chegaram com pessoas pedindo asilo, principalmente, pelo Canal da Mancha. Boa parte delas vem de nações que estão em guerra ou em uma escalada de violência, como Irã, Iraque e Síria. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou em um comunicado que planeja começar a enviar indivíduos para Ruanda por volta de julho ou agosto deste ano. O país fica a uma distância de 6.500 quilômetros do Reino Unido, e uma viagem de avião até lá pode durar mais de 20 horas.
A nova lei, no entanto, não é consenso. Em 2023, representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas Para os Refugiados (ACNUR) disseram que não há certeza de que Ruanda garantirá a legalidade dos processos. Já Enver Solomon, chefe executivo da Organização Não Governamental (ONG) Refugee Council, disse em entrevista ao jornal The Guardian que considera a medida imprudente.
Por outro lado, o governo do Reino Unido classificou Ruanda como um país seguro. O governo de Ruanda aceitou receber as pessoas em abrigos em Kigali, capital da nação. Em troca, o Reino Unido pagará ao país cerca de 370 milhões de libras esterlinas (em torno de 2,3 bilhões de reais).
Até o fechamento desta edição do Joca, a lei ainda precisava receber o consentimento do rei Charles III para passar a valer.
PARLAMENTO: assembleia composta por políticos que representam os cidadãos.
FONTES: CNN, BBC, O GLOBO E G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 223 do jornal Joca.
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