Em 13 de março, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou o “Relatório de desenvolvimento humano 2023/2024”, documento anual que, desde 1990, mede e avalia diferentes aspectos do desenvolvimento das sociedades de cada um dos 193 países-membros da ONU. Uma das ferramentas utilizadas nessa análise é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), indicador que busca representar em números o quanto determinada população se desenvolveu. 

#pracegover: pessoas tomam sol em praça de Estocolmo, na Suécia. Todas elas estão de calça e casaco, a maioria com roupas escuras. Algumas estão sentadas e outras, caminhando. Crédito de imagem: Jonas Gratzer, Getty Images

No novo relatório, o IDH global foi de 0,739, considerado grau médio de desenvolvimento. No entanto, dos 35 países pobres que tiveram queda no IDH em 2020/2021 (após o início da pandemia da covid-19), mais da metade (18) não retornou, ainda, aos níveis de 2019 (pré-pandemia). “O progresso desigual no desenvolvimento está deixando os mais pobres para trás, intensificando a desigualdade (…). O resultado é um impasse perigoso, que deve ser urgentemente resolvido com ações coletivas”, declarou em nota o Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (Pnud). 

A seguir, veja os dez maiores e menores IDHs do relatório, calculados com base em dados de 2022, e confira a situação do Brasil.

#pracegover: vista aérea de um campo aberto onde estão diversas barracas coloridas e algumas pessoas paradas entre elas. O acampamento fica em Kahda, perto de
Mogadíscio, na Somália. Crédito de imagem: Jonathan Torgovnik/Getty Images

O QUE É O IDH? 

É a avaliação do nível de desenvolvimento da sociedade de determinado local, como um país. Esse índice considera três itens: renda, educação e saúde, e a pontuação varia entre 0 e 1 — quanto mais próxima de 1, melhor o índice. Os valores oficiais são calculados pelo Pnud, que atua na área de desenvolvimento social e econômico em cerca de 170 países e territórios. 

Um dos principais motivos para a criação do IDH era elaborar um índice que considerasse, além da economia, o desenvolvimento da saúde e educação. Para cada setor é gerado um número, usado depois para chegar à pontuação do IDH (níveis baixo, médio, alto ou muito alto de desenvolvimento humano).

#pracegover: diversas barracas montadas em rua de Los Angeles, nos Estados Unidos. Crédito de imagem: Mario Tama/Getty Images

SITUAÇÃO DO BRASIL 

O IDH brasileiro subiu de 0,756 para 0,760, entre 2021 e 2022. No entanto, desceu duas posições no ranking mais recente (87º para 89º), em virtude da movimentação de outros países. De 1990 para cá, o índice do Brasil subiu 22,6% e teve quedas apenas em 2015, 2020 e 2021. Segundo a classificação do relatório, o país é considerado de desenvolvimento alto.

#pracegover: vista área de uma favela fazendo divisão com prédio de alto padrão na cidade de São Paulo. Crédito de imagem: Getty Images

OS DEZ MELHORES E PIORES ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PELA ONU

Suíça (1º) – 0,967
Noruega (2º) – 0,966
Islândia (3º) – 0,959
Hong Kong (4º) – 0,956
Dinamarca (5º) – 0,952
Suécia (6º) – 0,952
Alemanha (7º) – 0,950
Irlanda (7º)  – 0,950
Cingapura (9º) – 0,949
Austrália (10º) – 0,946
Países Baixos (10º) – 0,946

Serra Leoa (184º) – 0,458
Burquina Fasso (185º) – 0,438
Iêmen (186º) – 0,424
Burundi (187º) – 0,420
Mali (188º) – 0,410
Chade (189º) – 0,394
Níger (189º) – 0,394
República Centro-Africana (191º) – 0,387
Sudão do Sul (192º) – 0,381
Somália (193º) – 0,380

FONTES: AGÊNCIA BRASIL, FOLHA DE S.PAULO E PNUD (ONU).

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 220 do jornal Joca.

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