Segundo a pesquisa, os indicadores de acesso à água e a tratamento de esgoto melhoraram desde 2010
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em 23 de fevereiro, novos dados do Censo Demográfico 2022 sobre a situação de acesso à água e a saneamento básico — conjunto de serviços e instalações que garantem o acesso à água potável, o tratamento do esgoto e a limpeza urbana. Os indicadores, no geral, apresentaram uma melhora considerável desde o último censo, em 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): tem como principal objetivo produzir, analisar e divulgar informações sobre a população e o território brasileiro.
Entre os destaques dos dados divulgados pelo IBGE, tem-se que:
– 62,5% dos brasileiros vivem em domicílios (moradias) conectados à rede de coleta de esgoto — esse número era de 44,4% em 2010. Na última década, todos os estados brasileiros (e o Distrito Federal) registaram um aumento na proporção de pessoas habitando casas conectadas ao esgoto.
– 82,9% recebem o abastecimento de água pela rede geral de distribuição (infraestrutura urbana responsável por levar água potável às residências) — em 2010, eram 81,5%; 9% da população obtém água potável por meio de poços profundos ou artesianos (estruturas cavadas no solo para coletar água subterrânea), os demais obtêm água em poços mais rasos e simples ou diretamente em fontes, minas e nascentes.
– 97,8% da população tem, pelo menos, um banheiro de uso exclusivo (ou seja, não compartilhado com outras casas) e, em 2010, o número era de 92,3%; 0,5% compartilha sanitários com outras moradias; e 0,6% não tem acesso a banheiros onde habita.
– 90,9% dos brasileiros são atendidos pela coleta direta (como caminhão) ou indireta (como caçambas) de lixo. No último censo, a porcentagem era de 85,8%.
– A restrição ao acesso a saneamento básico é maior para pessoas jovens, pretas, pardas e indígenas.
“Entre os serviços que compõem o saneamento básico, a coleta de esgoto é o mais difícil, pois demanda uma estrutura mais cara do que os demais. O Censo 2022 reflete isso, mostrando expansão do esgotamento sanitário no Brasil, porém com uma cobertura ainda inferior à da distribuição de água e coleta de lixo”,
explica Bruno Perez, analista da pesquisa, em nota divulgada pelo IBGE.
Ele calcula quantos brasileiros estão vivos e como eles vivem. As perguntas feitas durante as entrevistas envolvem informações como idade, sexo, cor ou raça, religião e escolaridade. Os dados são importantes para desenvolver políticas públicas e orientar em que áreas os governos devem investir para melhorar a vida da população.
Políticas públicas: conjunto de programas, ações e atividades desenvolvidas pelos governos para garantir os direitos da população.
A pesquisa cujos resultados foram divulgados agora, referentes a 2022, estava programada para ser realizada em 2020. Porém foi adiada, inicialmente, em virtude da pandemia de covid-19 e, depois, por questões envolvendo cortes de verba do governo federal.
Além do Censo Demográfico de 2022, o instituto utilizou outras bases de dados, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS).
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Fontes: IBGE, Agência de Notícias IBGE, G1, Folha de S.Paulo, Brasil Escola e Metrópoles.
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Que legal, gostei do texto. Eu nao sabia que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica divulgou, dados do Censso Demografico sobre a situacao de acesso a agua e a saneamento basico. - helena moura
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