De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês), 345 milhões de pessoas ao redor do planeta estão passando por insegurança alimentar aguda. O dado, divulgado em 24 de agosto, mais que dobrou em relação ao levantamento de 2019, que apontava 135 milhões de indivíduos nessa situação.

“Insegurança alimentar” é o termo usado para se referir ao caso em que uma pessoa não tem acesso permanente a alimentos de qualidade para realizar todas as refeições necessárias. Quem tem o que comer hoje, mas não sabe se terá alimentos amanhã, também entra no quadro de insegurança alimentar.

Muitos acontecimentos colaboraram para o aumento alarmante no número, como: a pandemia de covid-19; a guerra na Ucrânia e outros conflitos armados; e as mudanças climáticas provocadas pelo ser humano.

“O mundo simplesmente não pode permitir isso”, disse Corinne Fleischer, diretora regional do WFP, em entrevista à agência de notícias Reuters. Ela alertou que os governos precisam tomar medidas urgentes e que a tendência para 2022 é de piora.

Brasil
Em junho deste ano, o Inquérito Nacional Sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mostrou que mais da metade da população brasileira (125,2 milhões de pessoas) se encontra em situação de insegurança alimentar, sendo 33,1 milhões em insegurança alimentar grave. Clique aqui para saber mais no portal do Joca.

Fontes: Época, Folha de S.Paulo, O Globo, Reuters, WFP e UOL.

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