De acordo com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mais de 33 milhões de brasileiros não têm o que comer diariamente. Esse número é quase o dobro do que o que havia sido estimado em 2020.

As informações fazem parte do 2º Inquérito Nacional Sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Na primeira edição, divulgada em abril de 2021, a estimativa era de que 19 milhões de brasileiros passavam fome em 2020.

Mais da metade dos brasileiros não têm acesso regular a alimentos

Ainda segundo o levantamento, 125,2 milhões de pessoas (ou seja, mais da metade da população) vive com algum grau de insegurança alimentar no Brasil. Isso ocorre quando um indivíduo não tem acesso regular e permanente a alimentos.

O grau de insegurança alimentar é classificado a partir de três níveis: leve, em que o acesso a alimentos em um futuro próximo é incerto e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida; moderado, quando a quantidade de alimentos é insuficiente; e grave, no qual há falta de alimentos e fome.

Nas áreas rurais, o número de pessoas que enfrentam a insegurança alimentar é ainda maior do que no restante do país. Cerca de 6 a cada 10 famílias dessas regiões, segundo o estudo, estão nessa situação, e 18,6% convivem com a fome.

Já entre agricultores e pequenos produtores, 21,8% das famílias passam fome. Esses números são ainda mais preocupantes no Norte e No nordeste, onde sobem para 54,5% e 43,6%, respectivamente.

Fontes: Folha de S.Paulo, G1 e 2º Inquérito Nacional Sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

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