Michel Temer anunciou que a intervenção irá durar até o final do ano. Foto: Agência Brasil.

Começou no dia 10 de dezembro a intervenção federal em Roraima. Segundo o presidente Michel Temer, a medida objetiva pacificar o estado e restabelecer a ordem no local.

Com os salários atrasados, policiais civis e funcionários que trabalham nas prisões pararam de exercer suas funções para protestar contra os atrasos. Já as mulheres dos policiais militares bloquearam as entradas dos batalhões, de modo a não deixar que eles saíssem para trabalhar. Essa foi considerada uma forma de protesto, já que pela lei policiais militares não pode fazer greve, para não deixar a população sem segurança.

Na sexta-feira, dia 7, Temer se reuniu com os ministros e com a governadora de Roraima, Suely Campos, para discutir a situação do estado.

Após a conversa, o presidente anunciou que Suely seria afastada do cargo e Antônio Denarium, governador eleito nas eleições de outubro de 2018, assumiria a intervenção federal no estado.

O governador eleito de Roraima, Antônio Denorium.

Com isso, ele pode solicitar ajuda aos órgãos federais para fazer o que achar necessário para a intervenção. Além disso, ele não será obrigado a cumprir normas estaduais que poderiam travar as medidas que seriam necessárias, de acordo com a opinião de Almeida.

A intervenção está prevista para durar até 31 de dezembro. De acordo com Almeida, a prioridade será pagar os salários atrasados. Em janeiro, Almeida toma posse como governador de Roraima.

O que é intervenção federal?

É uma medida tomada apenas em casos extremos, como em locais onde a violência ou a desordem é muito grande. O objetivo é fazer com que a ordem volte a esse lugar. Dependendo do caso, algumas leis deixam de valer ou medidas novas são criadas para atingir esse objetivo.

Venezuelanos em Roraima

Prateleiras sem alimentos em mercado na Venezuela. Foto: Divulgação.

O estado tem sido a principal porta de entrada de venezuelanos que buscam melhores condições de vida no Brasil. O aumento dos estrangeiros, que já chegam a 10% da população da capital Boa Vista, tem causado tensão para a população e o governo.

Para uma parte dos brasileiros, é importante receber os estrangeiros, que enfrentam uma grave crise política e econômica na Venezuela (saiba mais na seção “mundo” da edição 119). Alguns defendem que os vizinhos sejam encaminhados para outras partes do país, de modo a não sobrecarregar Roraima.

Já a outra parte acredita que o Brasil não tem condições de receber tantos venezuelanos e que a chegada dos estrangeiros possa estar causando aumento da violência, por exemplo. Os defensores dessa tese pedem o fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela e que eles não possam mais entrar livremente em território brasileiro. 

Fontes: Estado de S. Paulo, EBC, G1 e Diário Oficial da União.

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