A publicação ressalta a necessidade de avançar em medidas sustentáveis ao mesmo tempo que políticas de desenvolvimento econômico permitam que países mais pobres possam se desenvolver. Crédito de imagem: Getty Images

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e outros dez líderes mundiais, incluindo Emmanuel Macron, presidente da França, e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, assinaram, em 21 de junho, um artigo afirmando que a redução da pobreza e a crise climática são as “batalhas existenciais” do nosso tempo. O texto foi publicado por importantes veículos internacionais, como o The Washington Post, dos EUA, e Le Monde, da França.

A publicação ressalta, dentre outros tópicos, a urgência de avançar em medidas sustentáveis ao mesmo tempo que políticas de desenvolvimento econômico permitam que países mais pobres possam se desenvolver. A carta antecede a Cúpula Sobre o Novo Pacto Financeiro Global, reunião que será realizada nos dias 22 e 23 de junho, em Paris, capital francesa. O encontro discute justamente os assuntos do artigo: como atingir meios sustentáveis e de reduzir a pobreza global. 

“Nós estamos convencidos de que a redução da pobreza e a proteção do planeta são objetivos convergentes [similares, que se dirigem ao mesmo ponto]. Devemos priorizar transições justas e inclusivas para garantir que os pobres e mais vulneráveis possam colher totalmente os benefícios dessas oportunidades, em vez de sofrer desproporcionalmente com os custos”, diz trecho do documento.  

A carta aborda como países pobres acabam sofrendo de maneira mais severa as consequências das mudanças climáticas, que, em diferentes níveis, são agravadas por ações de nações mais ricas, que possuem processos de produção em grande escala.

Por exemplo: entre outros pontos, um país com uma larga quantidade de fábricas irá poluir mais o ar e ter mais carros (que liberam dióxido de carbono), colaborando para o aquecimento global. Em contrapartida, países menos desenvolvidos sofrem com as mudanças climáticas e dispõem de menos recursos para lidar com as crises geradas por isso. 

O artigo também discute um plano de reforma de bancos de desenvolvimento: sugere que bancos de capital privado (ou seja, dinheiro pertencente a empresas e pessoas) cooperem com medidas em parceria com agências públicas e estatais (órgãos do governo que funcionam a partir do dinheiro de impostos pagos pela população). Assim, o plano prevê que países menos desenvolvidos possam ter, no futuro, mais recursos financeiros para investir em medidas sustentáveis. 

Impostos: taxas que os governos (municipais, estaduais e federal) cobram da população. O dinheiro arrecadado é utilizado em áreas como educação e saúde.

Quem mais assinou o artigo?

Além de Lula, Macron e Biden, os outros representantes que assinaram a carta foram: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Rishi Sunak, premier britânico; Charles Michel, presidente do Conselho Europeu; Fumio Kishida, primeiro-ministro japonês; Olaf Scholz, chanceler alemão; Mohammed bin Zayed al-Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos; Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul; William Ruto, presidente do Quênia; Macky Sall, presidente senegalês; e Mia Mottley, premier de Barbados.

Premier: chefe de governo e gabinete em regimes parlamentaristas (o título é uma abreviação de primeiro-ministro em francês). 

Chanceler: representante político que, em cada governo, pode se referir a diferentes cargos de poder, desde ministro e presidente a chefe de gabinete.

Fontes: O Globo, UOL e The Washington Post (artigo oficial assinado pelos presidentes)

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Comentários (1)

  • Charles De Lima

    10 meses atrás

    Interessante

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