O governo do peru decretou estado de emergência ambiental, em 24 de setembro, após o vazamento de 2.500 barris de petróleo no rio Cuninico, localizado na Floresta Amazônica. A decisão veio nove dias depois de ter sido encontrado um corte de 21 centímetros no oleoduto (tubulação que transporta petróleo e seus derivados) Norperuano, da empresa estatal (pertencente ao governo) Petroperú. A região afetada abriga seis comunidades indígenas e cerca de 2.500 pessoas estão sendo impactadas diretamente pelo vazamento. 

O decreto tem duração de 90 dias e visa diminuir a contaminação ecológica, recuperar o ecossistema e proteger a saúde das comunidades locais, já que a pesca artesanal é uma prática comum na área. O estado de emergência permite ações conjuntas, de forma imediata, do governo federal com governos locais.

Apuração do caso
Uma investigação foi aberta para apurar as razões do incidente. A Petroperú, em parceria com a polícia nacional, informou que o corte no oleoduto teria sido causado de forma intencional. Só neste ano, o governo peruano afirma que foram registrados 11 ataques ao oleoduto. Líderes locais e Organizações Não Governamentais (ONGs) ressaltam que o problema é constante e ameaça as comunidades nativas. 

A notícia de um novo vazamento na área é vista com atenção por entidades de preservação ambiental, pois a região contém a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica, que passa por diversos países da América do Sul, como Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

Glossário

Barril de petróleo: unidade de medida com volume equivalente a cerca de 158 litros.

Bacia hidrográfica: região que abrange um rio principal e seus afluentes, por onde a água (vinda das chuvas ou montanhas, por exemplo) escoa.

Fontes: BBC, Brasil Escola, Folha de S.Paulo, Imazon e Petrobras.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 195 do jornal Joca.

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