Em 1º de abril, Dina Boluarte Zegarra, presidente do Peru, empossou (ou seja, colocou oficialmente) seis novos ministros no governo, depois que os ocupantes anteriores renunciaram aos respectivos cargos, em meio a uma crise governamental. Foram empossados Walter Ortiz Acosta, como ministro do Interior; Morgan Quero Gaime (Educação); Ángel Manero Campos (Desenvolvimento Agrário e Irrigação); Sergio Gonzáles Guerrero (Produção); Elizabeth Galdo Marín (Comércio Exterior e Turismo); e Teresa Hernández Cajo, no Ministério da Mulher e das Populações Vulneráveis.

A mudança de líderes ocorre simultaneamente a uma investigação da própria presidente, acusada de não ter declarado uma coleção luxuosa de relógios da marca Rolex como parte de seu patrimônio — a suspeita é de que Boluarte possa ter adquirido os itens de maneira ilegal.

Dias antes, na madrugada entre 29 e 30 de março, autoridades entraram na propriedade da presidente em busca dos relógios. No entanto, nenhum deles foi encontrado ou entregue. Boluarte deve apresentar os itens e dar seu depoimento em 5 de abril.

Rolexgate

O caso, batizado de Rolexgate, começou depois que o jornal peruano La Encerrona catalogou, a partir de imagens, documentos e entrevistas, 17 relógios em poder de Dina Boluarte que não foram declarados em seu patrimônio. A partir da reportagem, o Ministério Público peruano passou a investigar a presidente por possível enriquecimento ilícito e omissão de bens em sua declaração juramentada (momento em que a figura política deve declarar todos os bens de valor que possui).

Fontes: Ministério Público do Peru (X), Presidência do Peru (X), governo do Peru, La Encerrona e Folha de S.Paulo.

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