A cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, é palco de protestos contra a corrupção e a crise econômica desde o dia 7 de fevereiro. Segundo dados oficiais, nove pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em embates contra a polícia. A onda de violência inclui o bloqueio de estradas por grupos de oposição ao governo,
A cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, é palco de protestos contra a corrupção e a crise econômica desde o dia 7 de fevereiro. Segundo dados oficiais, nove pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em embates contra a polícia.
A onda de violência inclui o bloqueio de estradas por grupos de oposição ao governo, o que dificulta a distribuição de produtos básicos, como alimentos, água, remédios e combustível. Escolas também deixaram de funcionar.
Os manifestantes pedem a saída do presidente do país, Jovenel Moïse, e do primeiro-ministro, Jean-Henry Céant. Membros do governo são suspeitos de desviar 2 bilhões de dólares (cerca de 7,5 bilhões de reais) dos fundos do Petrocaribe, acordo com a Venezuela para venda de petróleo com desconto ao Haiti. O dinheiro deveria ir para serviços públicos, como saúde e educação – o Haiti é um dos países mais pobres da América. Além disso, o país sofre com inflação (aumento nos preços) de 15% ao ano, o que gera dificuldades para as pessoas comprarem produtos necessários para o dia a dia. Outros problemas são desemprego, cortes de luz e falta de gasolina.
Para tentar diminuir os protestos, o governo haitiano anunciou, no dia 16 de fevereiro, redução no preço dos alimentos e cortes nos gastos de autoridades. As manifestações continuaram após as declarações.
Missão no Haiti
Há um ano e quatro meses, chegava ao fim no Haiti a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) com comando do Brasil, chamada Minustah. A intervenção de agente brasileiros no país começou em 2004, motivada por uma onda de violência política parecida com a que está acontecendo agora.
Fontes: CNN, El País, Folha de S.Paulo, Irin News e Globo.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 126 do jornal Joca.
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