O premiê decretou toque de recolher para conter os protestos. Entenda
O Iraque está passando por um conflito em consequência da renúncia do líder político Moqtada al-Sadr, em 29 de agosto. Isso porque o governante, que havia ganhado as eleições em outubro de 2021, ainda não conseguiu ter a maioria do Parlamento o apoiando – o que, de acordo com as leis do país, é obrigatório para a formação de um governo – e resolveu se aposentar e fechar o escritório do seu partido.
A decisão de al-Sadr causou revolta entre seus apoiadores, que saíram para protestar nas ruas e chegaram a invadir o Palácio Republicano, sede do governo, que fica na capital, Bagdá. As piscinas do local foram tomadas por pessoas a favor do líder, assim como algumas salas da sede. A oposição, por sua vez, também saiu às ruas para se manifestar. Assim, confrontos entre os dois grupos foram registrados e cerca de 12 pessoas morreram e 270 ficaram feridas, de acordo com a imprensa local.
Em resposta ao conflito, al-Sadr afirmou que fará uma greve de fome enquanto a violência não acabar. Para evitar retaliações, o primeiro-ministro, Mustafa al-Kadhimi, que está governando o país enquanto um grupo permanente não assume o poder, foi retirado do palácio temporariamente. O premiê também ordenou um toque de recolher (que proíbe pessoas de saírem de casa) para minimizar o conflito.
Fontes: BBC, Folha de S.Paulo e G1.
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