Movimento começou em Tapachula, no estado de Chiapas, México. Crédito de imagem: Notícias RCN/reprodução de vídeo

Um fluxo de milhares de migrantes partiu da cidade de Tapachula, no estado mexicano de Chiapas, em 24 de dezembro, com destino à fronteira entre o México e os Estados Unidos. Segundo Luis Rey García Villagrán, um dos principais líderes do movimento migratório, estima-se que a caravana fosse de, inicialmente, 8 mil pessoas, e passou dos 10 mil nos dias seguintes. O número pode ainda aumentar ao fim da caminhada, de quase 3 mil quilômetros (aproximadamente a distância entre Florianópolis, capital de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil, e Macapá, capital do Amapá, na Região Norte).

“São 24 nacionalidades, principalmente de Honduras, Cuba, Haiti, mas também tem gente da Nicarágua, Guatemala, El Salvador, República Dominicana, Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil. Temos também iranianos, paquistaneses, indianos, gente da Síria, China, Bangladesh e vários países da África”,

contou Luis Rey García Villagrán à RFI, rádio francesa de notícias. 

Há alguns motivos que justificam a caravana atual — clique aqui para ler sobre uma caravana de 2022. Um deles é o estado em que Tapachula se encontra, com um número excessivo de migrantes e refugiados de diferentes países, passando por condições de extrema pobreza. Além disso, os migrantes afirmam que, nas últimas semanas, órgãos do governo mexicano cancelaram suas autorizações para livre circulação no país. A caravana, então, veio como uma maneira de protestar contra a falta de direitos de quem busca por melhores condições de vida.

No ícone vermelho, localização da cidade de Tapachula, no estado de Chiapas (México). Crédito de imagem: Google Maps/reprodução

Em paralelo, no dia 27, representantes do governo dos EUA se reuniram com as autoridades mexicanas para discutir, entre outros assuntos, a questão migratória. Segundo Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, o governo do país solicitou aos EUA mais cooperação econômica com o México e outras nações da América Latina, como Venezuela, a fim de evitar consequências como novos refugiados. Foram debatidas também estratégias conjuntas para impedir a imigração ilegal nos EUA.

Obrador postou no X, antigo Twitter, em tradução livre do espanhol: “Pedimos ao presidente Biden que se reúna com os secretários Antony Blinken, Alejandro Mayorkas e a conselheira presidencial de Segurança Nacional, Elizabeth Sherwood-Randall [representantes dos EUA que conversaram com o governo mexicano no dia 27], para abordar diretamente questões de cooperação econômica, segurança e migração. Acordos importantes foram alcançados em benefício do nosso povo e das nações. Agora, mais do que nunca, uma política de boa vizinhança é essencial”.

Antony Blinken disse em sua conta no X, traduzido livremente do inglês: “Assim como deixamos hoje claro na Cidade do México, estamos empenhados em estabelecer parcerias com o México para enfrentar os nossos desafios comuns, incluindo a gestão da migração irregular sem precedentes na região, a reabertura dos principais portos de entrada e o combate [às substâncias ilícitas]”.

Fontes: Gobierno de Mexico, Antony Blinken (X), Andrés Manuel López Obrador (X), US Department of State, Agência Brasil, The Guardian, RFI e The New York Times.

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