Caravana tem como objetivo protestar durante Cúpula das Américas
No dia 6 de junho, uma multidão de migrantes latinos deu início a uma caravana, partindo da cidade de Tapachula, no sul do México, com pretensão de chegar aos Estados Unidos — uma distância de 3 mil quilômetros (aproximadamente a distância entre Florianópolis/SC e Macapá/AP). O grupo tem como objetivo protestar pacificamente durante a Cúpula das Américas, uma reunião entre chefes de Estado do continente, com o intuito de debater assuntos pertinentes aos países e promover o desenvolvimento continental.
Segundo informações divulgadas pela agência de notícias AFP, a caravana é composta por milhares de pessoas, porém ainda não há dados oficiais disponíveis.
Um dos temas centrais que será discutido na cúpula é a imigração, questão que gera conflitos recorrentes entre os EUA e outros países das Américas, como o México. Em entrevista à AFP, Luis García, membro da Organização Não Governamental (ONG) Dignificación Humana e um dos integrantes da caravana, disse que a caminhada busca promover a liberdade e os direitos de migrantes. “Dizemos aos líderes dos países que se reúnem hoje na Cúpula das Américas que as mulheres e as crianças migrantes, as famílias migrantes, não são moeda de troca, de interesses ideológicos e político.”
A primeira Cúpula das Américas foi realizada em dezembro de 1994, pelo presidente norte-americano na época, Bill Clinton. O principal objetivo do encontro é facilitar o desenvolvimento econômico das Américas com base em valores democráticos, buscando fortalecer relações comerciais.
Neste ano, o evento gerou certa turbulência depois de os EUA anunciarem que excluiriam do encontro Cuba, Nicarágua e Venezuela, por não estarem alinhados com os ideais democráticos do país norte-americano, segundo funcionário da Casa Branca em entrevista à AFP. Já o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, informou que não participará da cúpula por não concordar com a decisão do governo dos EUA.
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