As buscas por desaparecidos continuam, mesmo com dificuldades em áreas que possuem a presença de substâncias tóxicas expelidas pelas chamas. Crédito de imagem: Getty Images

Desde o dia 8 de agosto, a ilha de Mauí, no Havaí, vem enfrentando incêndios florestais considerados os mais mortais registrados nos Estados Unidos no último século — o Havaí é um estado norte-americano. Até o dia 13, foram confirmadas 93 mortes, segundo autoridades locais.

O governador do Havaí, Josh Green, também declarou que cerca de 2,7 mil estruturas foram destruídas em Lahaina, área da ilha que abriga uma cidade histórica e foi a mais atingida pelas chamas, ocasionando um prejuízo calculado em 5,6 bilhões de dólares (cerca de 27,7 bilhões de reais).

Além de haver fortes ventos e este ser um período de seca na região, as causas das queimadas têm relação com a intensa onda de calor que atingiu regiões dos EUA em julho — o mês mais quente da história (saiba mais na edição 209 do Joca). O clima extremamente seco cria um cenário que facilita o surgimento de incêndios florestais, como aconteceu no Canadá recentemente. 

Leia também: Canadá enfrenta piores incêndios florestais da história do país

Estudos publicados pelo instituto Royal Meteorological Society também mostram que, desde 2008, o Havaí enfrenta mais períodos de seca, recebendo menos chuvas.

Um helicóptero se aproxima com abastecimento de água perto de uma casa que foi destruída pelo fogo. Crédito de imagem: Justin Sullivan/Getty Images

As buscas por desaparecidos continuam e as operações enfrentam dificuldades em áreas com a presença de substâncias tóxicas expelidas pelas chamas. Muitas pessoas perderam a residência em que moravam e estão sendo abrigadas com suporte de autoridades locais.

“Será certamente o pior desastre natural que o Havaí já enfrentou… Só nos resta esperar e apoiar quem está vivo. Nosso foco agora é reunir as pessoas quando pudermos, dar-lhes moradia e cuidados de saúde e, em seguida, voltar-nos para a reconstrução”, declarou o governador Green. 

Além de Lahaina, os pontos de queimada atingiram as regiões de Kula, North Kohala e South Kohala (norte e sul de Kohala). Foram mais de 800 hectares (um hectare equivale a 10 mil metros quadrados, o mesmo que a área de um campo de futebol) destruídos. A maior parte dos pontos de fogo foi contida e está sendo monitorada pelos bombeiros. Mas as chamas ainda não foram completamente extintas.

Alguns moradores relataram que aconteceu uma demora na chegada de ajuda governamental. No entanto, as autoridades alegam que não houve tempo para uma resposta imediata. “(…) duvidamos de que teríamos conseguido fazer algo mais com um incêndio tão forte e rápido como esse”, afirmou Green.

Fontes: G1, Estadão, Estadão, The Washington Post, Governor Hawaii e Royal Meteorological Society

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