Encontro do Fórum Econômico Mundial em 2020, Davos. Crédito de Imagem: Getty Images - Remy Steiner

Começou, em 16 de janeiro, com duração até 20 de janeiro, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, cidade da Suíça. O encontro anual, criado, em 1971, pelo economista Klaus Schwab, reúne importantes líderes, economistas e representantes de algumas das maiores empresas do mundo para discutir possíveis melhorias e maneiras de combater a pobreza extrema, a desigualdade social e outros problemas causados pelo processo de globalização.

Neste ano, o Brasil será representado por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. O presidente Lula não comparecerá ao evento, pois estará realizando suas primeiras visitas internacionais, à Argentina e ao Uruguai.

As expectativas do encontro de 2023 incluem discussões econômicas e ambientais, com o tema oficial de “Cooperação em um mundo fragmentado”. Com a pandemia de covid-19, assim como crises econômicas, conflitos (como a guerra na Ucrânia) e o aumento da desigualdade social, ficou mais difícil analisar o cenário global e discutir propostas e ações. 

Para o Brasil, as prioridades envolvem deixar claro as medidas do governo Lula em relação a um novo “arcabouço fiscal“, falar sobre uma reforma tributária no país e a preocupação com a questão ambiental. Além disso, com os ataques que aconteceram em Brasília (DF), em 8 de janeiro, Fernando Haddad pretende garantir a líderes mundiais que a democracia brasileira não sofre nenhum risco. Marina Silva irá abordar, principalmente, temas relacionados à proteção da floresta amazônica.

Desigualdade e impostos para os mais ricos

Antes de todo Fórum Econômico Mundial, a Organização Não Governamental (ONG) Oxfam, que atua na busca de soluções para combater a pobreza e desigualdade, divulga um relatório anual com dados sobre a economia e a distribuição de renda global (como o dinheiro é distribuído e acumulado por diferentes pessoas e instituições).

Neste ano, a Oxfam ressalta a necessidade urgente de “taxar os mais ricos” – ou seja, os mais ricos pagariam mais impostos, de acordo com sua fortuna. Segundo o relatório da ONG, desde 2020, um novo bilionário surge a cada três horas. Atualmente, existem 2.668 bilionários no mundo, que acumulam em riqueza um total de 12,7 trilhões de dólares (aproximadamente 65,4 trilhões de reais).

Para se ter uma ideia, segundo os dados apresentados no relatório, uma pessoa que faz parte dos 50% mais pobres demoraria 112 anos para ter o que um integrante do 1% dos mais ricos recebe em apenas um ano. A Oxfam apresenta como solução a criação de novas medidas fiscais, que cobrariam dos mais ricos impostos de acordo com o tamanho de sua fortuna.

A ONG também sugere um “imposto solidário”, que serviria para ajudar os mais pobres após a pandemia de covid-19, uma vez que empresários de setores como alimentação e indústria farmacêutica se tornaram ainda mais ricos após a pandemia do novo coronavírus.

Glossário

Arcabouço fiscal: conjunto de regras que definem a atuação do governo em relação à cobrança de impostos e organização do orçamento público (cálculo que faz a previsão de quanto dinheiro o governo terá para as despesas necessárias).

Crise econômica: pode ser definida como uma grande diminuição na produção de um país, assim como em seu índice de consumo e comercialização de serviços. Tudo isso provoca a queda do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os itens e serviços produzidos em uma nação. Quando o PIB cresce, significa que a economia está indo bem. Se ele cai, é sinal de que há dificuldades econômicas.

Globalização: processo que integra e junta diferentes economias, sociedades e culturas em nível global, influenciado principalmente pela tecnologia e pelos meios de comunicação, que aceleram a troca de informações e operações comerciais. 

Impostos: taxas que os governos (municipal, estadual e federal) cobram da população. O dinheiro arrecadado é utilizado em áreas como educação e saúde. Alguns dos principais impostos dos municípios são Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cobrado das pessoas que têm algum imóvel na cidade (casa, apartamento, loja etc.), e Imposto Sobre Serviços (ISS), em que empresas e trabalhadores pagam para o município uma parte do que recebem. 

Medidas fiscais: conjunto de ações que o governo toma para administrar e controlar seu orçamento.

Ministro da Fazenda: é responsável por cuidar das finanças do governo e da regulamentação financeira de uma nação. Atualmente, no Brasil, é Fernando Haddad.

Ministra do Meio Ambiente: cuida de estratégias e medidas para a proteção e recuperação do meio ambiente. No Brasil, quem exerce o cargo é Marina Silva. 

Reforma tributária: envolve mudanças significativas na estrutura de cobrança de impostos dentro de um sistema econômico, como o de um país.

Fontes: Folha de S.Paulo, UOL, Exame, G1, CNN, Oxfam Brasil, Brasil Escola, Oxfam International e DW.

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