De acordo com o Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) Para a Coordenação de Assuntos Humanitários, em anúncio feito em 13 de setembro, cerca de 513 mil crianças correm risco de perder a vida por causa da fome na Somália. Além disso, segundo o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef), mais de 700 delas morreram entre janeiro e julho de 2022.

A dificuldade de acesso a alimentos é explicada por uma série de fatores, como a crise climática no país (em razão de períodos prolongados sem chuva), os efeitos econômicos trazidos pela pandemia e a disparada no preço de grãos e cereais, entre outros, pressionada pela guerra na Ucrânia — a nação, assim como a Rússia, era o principal exportador de trigo para a Somália.

A fome e a Somália 
Esta não é a primeira vez que a nação africana, de 17 milhões de habitantes, tem uma crise de insegurança alimentar. Só nos últimos dez anos, a Somália sofreu três graves secas, que causaram a morte de milhares de pessoas. Entre outubro de 2010 e abril de 2012, a situação de fome tirou a vida de mais de 258 mil somalis.

Criança desnutrida e a mãe, afetadas pela seca na Somália, são atendidas em um hospital da cidade de Baidoa, em 3 de setembro | #pracegover: Mulher, coberta na cabeça com lenço preto e vestindo calça cor-de-rosa, está sentada em uma cama. No colo, segura uma criança desnutrida. Atrás da mulher, sentada em outra cama, também há uma mulher vestindo lenço preto sobre a cabeça. Crédito de imagem: Ed Ram/Getty Images

Além da questão dos alimentos, cerca de 6,4 milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico (como esgoto) e água potável. Isso afeta a saúde da população com casos graves de diarreia, por exemplo.

A ONU lidera ações de colaboração ao país por meio do Fundo Humanitário da Somália, em que pessoas de qualquer parte do mundo podem contribuir. Em julho, os Estados Unidos já haviam anunciado o envio de 1,18 bilhão de dólares (cerca de 6,1 bilhões de reais) para o Chifre da África (região de países em que a Somália está inserida), mas as autoridades da nação afirmam que há urgência de mais ajuda.

Fontes: DW, G1, ONU, Veja e Universidade de Oxford.


Esta matéria foi originalmente publicada na edição 194 do jornal Joca.

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