fazendas bots 189
#pracegover: foto de mãos segurando um celular em fundo preto. Crédito de imagem: GILLES LAMBERT/UNSPLASH

Desde o começo da invasão russa ao território ucraniano, o Serviço de Segurança da Ucrânia anunciou o fechamento de ao menos cinco fazendas de bots responsáveis por fazer publicações pró-Rússia no país. No dia 13 de maio, o empresário Elon Musk divulgou que estava suspendendo temporariamente a compra da rede social Twitter por acreditar que bots e perfis falsos correspondem a mais de 20% dos usuários da plataforma. Mas o que são bots e por que está se comentando tanto sobre eles?

Bot significa “robô” em inglês e é um termo usado para se referir a contas em redes sociais automatizadas que não correspondem a pessoas que realmente existem. Eles costumam ser utilizados para divulgar informações (muitas vezes falsas) ou emitir opiniões para transmitir a impressão de que há mais gente falando sobre determinado assunto. Também há casos de pessoas que vendem bots para quem deseja ter muitos seguidores em redes sociais de um dia para o outro. Em consequência de restrições impostas pelas plataformas digitais, contas gerenciadas por programas de computador podem ser deletadas. Isso fez com que crescesse o formato das chamadas “fazendas de ‘bots-humanos’”, onde pessoas cuidam de diversos perfis falsos.

Fazendas de bots-humanos
Uma reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo, em 21 de maio, mostrou o funcionamento de empresas com atividades no Brasil que pagam a trabalhadores de 0,001 a 0,05 de real para realizar tarefas, funcionando como fazendas de bots-humanos. Algumas das atividades desses locais incluem deixar curtidas e comentários em perfis de quem contrata o serviço. Normalmente, uma única pessoa gerencia diversas contas falsas.

No Brasil, a prática de usar bots não é crime. O que não é permitido é cometer atos ilegais, como o bot se passar por uma pessoa real, divulgar discurso de ódio ou espalhar fake news. Também é importante lembrar que o ser humano convive com bots úteis, que exercem atividades como publicar a previsão do tempo ou a cotação do dólar em plataformas de informação.

Fontes: CNN, Folha de S.Paulo, iG, Nexo, Universidade Federal Fluminense, Tecnoblog, UOL e The Washington Post.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 189 do jornal Joca.

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