O governo dos Estados Unidos vai rever as regras de descarte e administração de lixo espacial. A decisão, anunciada em 5 de agosto, tem o objetivo de analisar novas maneiras de lidar com esses resíduos, além de rever modos de reabastecer satélites e reparar aeronaves que estão orbitando a Terra.

Entre as mudanças que estão sendo discutidas está a possibilidade de a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) criar um registro único das tecnologias que saem do planeta, além da chance de transformar materiais por meio da fabricação no espaço. “Acreditamos que a nova era espacial precisa de novas regras”, disse a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Em 2021, a Nasa (agência espacial norte-americana) estimou que existiam mais de 27 mil pedaços de lixo espacial sendo monitorados. A agência também afirmou, porém, que há uma quantidade ainda maior de lixo espacial que, por ser pequeno demais, é difícil de ser rastreado.

Perigos
O principal risco gerado pelo lixo espacial é que os objetos que o compõem podem bater, por exemplo, em satélites que estão em funcionamento e prejudicar sua operação. De acordo com um estudo publicado por cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, mais de 75% do lixo espacial que já foi observado ainda não está catalogado, por isso não se sabe exatamente que tipo de perigo representa para os satélites, o que torna mais difícil planejar maneiras de lidar com esses materiais.

Já para quem está na Terra, o risco de ser atingido por lixo espacial é menor. Geralmente, esse material queima e se desintegra quando entra na atmosfera (camada de ar que envolve o nosso planeta). Ainda não há prazo para a aplicação das novas regras discutidas nos EUA.

O QUE É LIXO ESPACIAL?
São objetos que não têm mais uma função útil e estão no espaço, como restos de naves, satélites que deixaram de ser utilizados, tanques de combustíveis, parafusos e ferramentas perdidas por astronautas.

Fontes: Cyprus Mail, eCycle, Folha de S.Paulo, Nasa, ScienceDirect e The Register.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 192 do jornal Joca.

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