A Eve Air Mobility — pertencente ao grupo Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S. A.) — anunciou, em 20 de julho, que a primeira fábrica de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês) da companhia ficará em Taubaté (SP), em uma área ampliada dentro de uma unidade já existente da Embraer. O projeto aguarda a aprovação final de órgãos estaduais como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 

Conhecidos popularmente como “carros voadores”, os eVTOLs, apesar de visualmente semelhantes, diferem-se dos helicópteros por uma série de fatores, como a fonte de energia: os helicópteros funcionam à base de combustível e os “carros voadores” são elétricos, portanto não liberam dióxido de carbono (CO2) durante o uso (saiba mais abaixo).

O helicóptero também é mais barulhento e potente, sendo capaz de voar por muitas horas. Já o eVTOL é silencioso e não foi feito para cobrir grandes distâncias (os desenvolvedores apostam que ele será como um “táxi aéreo urbano”, transportando pessoas que desejam evitar o trânsito). 

“Os veículos elétricos voadores representam uma revolução no setor de transporte, abrindo novas possibilidades para deslocamentos urbanos, entrega de cargas, serviços de emergência e outras aplicações diversas”, disse, em nota, a Prefeitura de Taubaté. A cidade foi escolhida pela posição geográfica estratégica, no eixo entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, além de a fábrica estar próxima a uma linha ferroviária. 

#pracegover: ilustração de como seria o carro voador. Na imagem, o veículo se parece com um helicóptero e está parado em um teto. Duas pessoas caminham em direção à porta do carro voador. Ao fundo, é possível ver diversos prédios. Crédito de imagem: divulgação

O que é emissão de CO2
Ao se locomover, os meios de transporte convencionais queimam combustível (como a gasolina), liberando CO2, um dos Gases de Efeito Estufa (GEEs). Esses gases sobem para a atmosfera terrestre e ficam “presos” ali, acumulando-se em uma espécie de camada que impede o calor de sair da Terra. Ao ser intensificada pela humanidade, essa ação leva ao aquecimento global. 

Por não precisar de combustível, o eVTOL é considerado um meio mais sustentável de loco- moção. Porém, é preciso analisar todas as etapas de produção do veículo para afirmar se ele, de fato, libera menos CO2. Isso porque os GEEs podem aparecer em qualquer fase de fabricação, como na modelagem de peças, e não apenas durante o uso do meio de transporte. 

Fontes: Embraer, Eve Air Mobility, Prefeitura de Taubaté e Reuters. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 209 do jornal Joca.

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