Donald Trump, presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, está sendo acusado de tentar alterar ilegalmente os resultados das últimas eleições presidenciais no estado da Geórgia. Em 24 de agosto, ele se apresentou à delegacia do condado de Fulton (Geórgia), onde recolheram as digitais de Trump e capturaram uma foto de rosto para arquivamento policial. O político permaneceu na delegacia por cerca de 20 minutos e responderá ao processo em liberdade, depois de pagar fiança de 200 mil dólares (cerca de um milhão de reais).

Esta é a quarta vez que Trump se apresenta à polícia em consequência de uma acusação — as demais são sobre outros temas, como a possível responsabilidade dele na invasão do Capitólio, sede do Congresso dos EUA (saiba mais no portal do Joca).

Acusação e defesa
A ação contra Trump na Geórgia acusa o ex-presidente, e outros 18 aliados, de tentar influenciar ilegalmente os resultados das eleições de 2020 de diferentes maneiras, como:

☞Por telefonemas a autoridades estaduais, pedindo pela anulação das eleições;
☞ Alegando sem provas que houve fraude eleitoral;

☞ Acessando irregularmente dados eleitorais do condado de Coffee;

☞ Promovendo a criação de eleitores falsos para aumentar o número de votos.

A defesa de Trump alega que ele é inocente e que a acusação tem como objetivo sabotar a campanha eleitoral do político para as eleições presidenciais de 2024, que ele pretende disputar.

Consultoria: Francis Boyer e Paula Infante, advogados especialistas em direito internacional, e Marcelo Crespo, coordenador e professor do curso de direito da ESPM. Fontes: AP News, U.S. Congress, Donald J. Trump, Fulton County, NBC News e Reuters.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 211 do jornal Joca.

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