Helena Rinaldi

Para celebrar o Dia dos Professores, comemorado em 15 de outubro, pedimos que leitores contassem experiências incríveis que tiveram com esses profissionais. A seguir, confira os depoimentos:

“Quando estava na Emei [Escola Municipal de Ensino Infantil], eu ficava a maior parte do recreio ouvindo música com a prô Paty. Nós gostávamos muitoooo de ouvir música. Ela me apresentou várias músicas e vários cantores como Mestrinho, Maria Bethânia, Maria Rita etc. Ela marcou minha vida! Feliz Dia dos Professores para ela e para todos! ❤️” Isadora P., 8 anos, do Espaço Pensar, em São Paulo (SP)

“Eu tenho e já tive vários professores maravilhosos, mas o meu querido professor de educação física Emerson Carneiro foi o melhor do mundo. Ele tem um projeto de esporte na escola que atende mais de 140 crianças sem recurso algum, com atividades como futsal, xadrez e judô. Se hoje sou atleta federada do futsal feminino e jogo também futebol, é graças a Deus e a ele.

Lembro que ele estava triste e desanimado no ano de 2019 e eu pedi para a jogadora Erika Cristiano, atleta do Corinthians e da seleção brasileira, vir até a minha escola para conhecer o trabalho do meu professor. Ela veio e deu um novo ânimo para ele, participamos da olimpíada escolar e ficamos em segundo lugar no futsal feminino e em terceiro lugar na queimada.

Amo todos os meus professores, mas o professor Emerson é aquele que faz a diferença na vida de todos os alunos e sempre nos faz sentir bem e importantes. Com esse projeto, que é fora do horário de aula e aos sábados, muitas crianças têm atividades e ficam cuidadas, protegidas e amadas. Foi ele quem fez com que me aceitassem no time de futsal, do qual eu era excluída, falando que, se eu não jogasse, ninguém jogaria. Essa é a profissão mais importante, porque sem professores não haveria médicos, juízes advogados, bancários etc.”, Yasmin R., do 8º ano da E. E. Prefeito Tácito Zanchetta, em Ferraz de Vasconcelos (SP)

“Tenho uma história muito legal com uma professora chamada Raquel, de quando eu estava no primeiro ano do fundamental. A escola tinha proposto uma atividade de empreendedorismo para um evento pedagógico, e tínhamos que fazer doces para vender. Como eu era a única criança vegana da turma (e da escola), a teacher Raquel propôs que toda a turma fizesse doces veganos. Ela não só incentivou a inclusão, como também levou todo mundo ‘para a cozinha’ para fazer (e provar) bolo, cookies e leite vegetal. Foi muito legal ver a cara de medo dos meus colegas e, depois, a cara de satisfação quando viram que os doces eram deliciosos! Ela conseguiu mostrar que sou uma criança igual a qualquer outra, que adora doces, toma leite e ama os animais. Essa atitude da teacher Raquel foi inesquecível e muito importante para mim. Por ser uma criança vegana, sofro com preconceito de outras crianças e adultos, e falar sobre isso é muito importante para todos. Ah, e nossa barraquinha de doces foi um sucesso! Com o dinheiro arrecadado fizemos uma festinha com direito a cinema e sorvete vegano! 😊”, Annita G. M., 10 anos, da Kinder Campus School, em São Paulo (SP)

“Tudo começou em 2018, ano de Copa do Mundo. Meu professor, Fábio, anunciou: ‘Vai ter uma copinha!’. Eu, todo animado, me inscrevi, fiz até camisa do time. O time era legal, ganhamos o primeiro jogo, mas perdemos o segundo. Eu estava triste por isso, e esse professor, o Fábio, foi até mim e disse: ‘Sei que seu sonho é ser jogador de futebol e um dia você vai conseguir. Acredito em você’. Hoje eu quero ser compositor, mas ele me incentivou a seguir o que era meu sonho!”, Rafael A., 10 anos, da Escola Viva, em São Paulo (SP)

Vinicius Marques, repórter do Joca, também tem uma história para contar

“Eu tive uma professora, dos meus 8 aos 10 anos, que dava aula de produção de texto. Era a professora Sol (o nome dela é Solange). Era uma aula de que eu gostava muito. A gente aprendia gêneros de texto, aprendia a escrever, usava muita criatividade para criar textos novos, histórias.

A gente também decorava poemas para declamar na aula. Inclusive, eu sei de cor até hoje o meu primeiro poema declamado, quando eu tinha 8 anos de, foi “A Porta”, do Vinicius de Moraes.

Anos depois, em 2021, já trabalhando com jornalismo, eu publiquei meu primeiro livro, chamado Tic Tac Tuco. Então, eu entrei em contato com essa professora pelo Facebook e enviei para ela uma cópia, e foi muito marcante. Ela chorou, lembrou de mim nas aulas quando eu era criança. A gente conversou sobre o livro e como as aulas dela foram muito importantes para mim e para minha formação. A Sol é uma professora que eu guardo com muito carinho no meu coração.”

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