Em consequência da baixa adesão da população, o Ministério da Saúde decidiu estender a campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. Inicialmente, o governo havia programado o fim da ação para o dia 9 do mês, mas dados oficiais mostraram que apenas 34% do público-alvo (crianças menores de 5 anos) foi vacinado.

A doença é considerada erradicada no Brasil, pois o último caso no país foi registrado em 1987. Contudo, especialistas se preocupam com a queda da vacinação contra a pólio. Em entrevista ao Joca, a pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, ressalta que se imunizar é uma maneira de cuidar de si e do próximo. “A baixa vacinação mantém um número crescente de pessoas não protegidas, que, se tiverem contato com o vírus e se infectarem, podem adoecer e transmitir na comunidade. Desse modo, a doença pode voltar a ser um problema de saúde pública.”

A vacina da pólio deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço deve ser dado entre os 15 e 18 meses e, novamente, aos 5 anos.

O que é a poliomielite?
Também conhecida simplesmente como pólio, a doença é causada por um vírus chamado poliovírus. Ele pode atingir o sistema nervoso, parte do corpo responsável por captar os estímulos que recebemos e gerar respostas no organismo. Em casos mais graves, a doença leva à paralisia. 

A transmissão do vírus pode ocorrer de uma pessoa a outra por gotas pequenas que saem da boca quando tossimos ou falamos. Além disso, o contágio é possível pelo contato direto com fezes contaminadas ou ao ingerir alimentos contaminados. A pólio não tem tratamento específico e a única forma de prevenção é a vacinação. 

Na foto, Dia D da vacinação em 20 de agosto, em Pelotas (RS) | #pracegover: profissional de saúde vestindo roupa de proteção azul e máscara facial branca dá vacina em gota para um menino de moletom cinza. Ao lado do menino está uma mulher de casaco preto e máscara facial preta. Crédito de imagem: HEL CORVELLO, NIAID E CDC/FOTOS PÚBLICAS

NOVA YORK DECRETA ESTADO DE EMERGÊNCIA POR CAUSA DA PÓLIO
Kathy Hochul, governadora do estado de Nova York, nos Estados Unidos, anunciou, no começo de setembro, que a região está em estado de emergência após amostras coletadas no esgoto mostrarem que o vírus da pólio circula no local. Essa decisão chega depois de ser revelado que, em julho, um adulto havia sido diagnosticado com a doença, após mais de dez anos sem registros de casos.

Com a diretriz do governo de Nova York, novos recursos serão oferecidos para ampliar a vacinação. O número de profissionais que poderão administrar o imunizante também aumenta.


Esta matéria foi originalmente publicada na edição 194 do jornal Joca.

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