No dia 7 de setembro, a Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou um documento com orientações globais sobre o uso de inteligência artificial (IA) generativa em educação e pesquisa. Trata-se de uma série de indicações de como utilizar as novas tecnologias em sala de aula de maneira responsável. As medidas não são obrigatórias, mas servem como guia para profissionais da educação de todo o mundo. 

Uma das principais sugestões é de que o aluno tenha ao menos 13 anos para usar uma ferramenta desse gênero em sala de aula. Também foi levantada a necessidade de solicitar que os responsáveis (como pais, mães ou avós) autorizem o uso por menores de idade. 

Segundo a Unesco, a implantação de IA nas instituições de ensino está acontecendo rápido demais e sem o devido estudo e preparo. A entidade destaca que, em alguns países, há necessidade de mais autorizações e cumprimento de etapas quando se vai adotar um novo livro didático do que para levar uma IA à sala de aula. 

#pracegover: ilustração mostra professora sentada diante de um notebook e, na frente dela, algumas crianças sentadas. Crédito de imagem: ilustração gerada pela IA Firefly

ALGUMAS DAS ORIENTAÇÕES MAIS IMPORTANTES DA UNESCO: 

  • Desenvolver um critério de validação para garantir que a IA não tenha uma tendência, por exemplo, à discriminação contra grupos de pessoas. 
  • Garantir que IAs usadas em sala de aula tenham habilidade para diversos idiomas, inclusive línguas indígenas, protegendo a diversidade cultural. 
  • Uma IA deve contribuir para necessidades humanas e tornar o aprendizado mais eficiente e rápido do que as opções sem tecnologia. 
  • Assegurar que alunos e professores usem as IAs com responsabilidade e ética, incluindo senso crítico para desconfiar de informações incorretas. 
  • As IAs devem gerar materiais com marca-d’água. Isso evita que estudantes usem a ferramenta para, por exemplo, escrever textos que eles mesmos deveriam ter redigido. 

Glossário

Marca-d’água: tipo de logo ou selo inserido em materiais para identificar sua origem ou a quem aquilo pertence. 

Fonte: Unesco.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 212 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • JAQUELINE CARACAS

    5 meses atrás

    Isso Éden tecnológico 📱

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