Embarcação estava desaparecida desde o dia 18 de junho
A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou, em 22 de junho, ter encontrado parte do submarino desaparecido desde o dia 18, que transportava cinco passageiros. De acordo com o órgão norte-americano, a embarcação Titan perdeu contato com o barco Polar Prince — que servia de apoio à expedição na superfície — cerca de 1h45 após a submersão.
A viagem foi organizada pela empresa OceanGate e tinha como objetivo levar os exploradores para ver os restos do Titanic de perto — o navio naufragado se encontra cerca de 3.800 metros abaixo do nível do mar. Segundo as autoridades, a hipótese mais provável até o momento é de que o submarino passou por um processo de implosão pouco tempo depois de submergir.
Implosão: é praticamente o processo inverso da explosão, ou seja, quando uma matéria “explode para dentro”. Isso acontece debaixo d’água porque, quanto mais fundo o alcance de um objeto, maior a pressão que o peso da água exerce sobre ele. No caso do submarino, a força da água foi tão grande que o material não estava preparado para resistir a ela e acabou amassando. Entenda melhor no vídeo abaixo feito no ano passado pelo Iberê Thenório, do Manual do Mundo.
A marinha dos EUA e a empresa responsável pelo submarino declararam luto pela morte de quem estava a bordo.
Um submarino contendo cinco pessoas se perdeu no dia 18 de junho, durante uma expedição turística para observar os destroços do Titanic — localizados no fundo do Oceano Atlântico, próximo à costa canadense. Os cinco passageiros eram: Stockton Rush, CEO (cargo equivalente a presidente) da OceanGate; Shahzada Dawood e seu filho Suleman; Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet.
Desde o dia 18, a guarda costeira do Canadá e a dos EUA estão realizando buscas tanto na superfície como nas profundezas do oceano, por meio de equipamentos de sondagem (tecnologia capaz de investigar um meio, como a água, usando aparelhos específicos a distância).
O almirante John Mauger, comandante da Guarda Costeira dos EUA, disse em entrevista coletiva, em 19 de junho, que o submarino tem um sistema de emergência que permite que os passageiros sobrevivam até 96 horas submersos, sem que o oxigênio acabe.
A OceanGate publicou nas redes sociais, em tradução livre do inglês [post original abaixo]: “Estamos mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta com segurança. Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e suas famílias. Estamos profundamente gratos pela extensa assistência que recebemos de vários governos, agências e empresas de alto-mar em nossos esforços para restabelecer o contato com o submersível. Estamos trabalhando para o retorno seguro dos tripulantes”.
“[O local onde o submarino sumiu] é uma área remota, portanto conduzir uma busca na região é um desafio”,
disse o almirante John Mauger.
Para acionar a legenda em português no vídeo acima (do pronunciamento do almirante John Mauger), ative as legendas e clique em: Detalhes (engrenagem)>Legendas/CC>Traduzir automaticamente>Português.
É um navio transatlântico de passageiros que naufragou em 1912, após se chocar contra um iceberg. A tragédia é fonte de inúmeras pesquisas científicas, históricas e até mesmo produções audiovisuais ao longo dos últimos séculos.
Fontes: OceanGate, US Coast Guard, USCGNortheast, Canadian Coast Guard, O Globo, Reuters, Terra e Marine Traffic,
* Essa matéria foi atualizada em 23 de junho, às 11h20.
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[…] Implodir: é praticamente o processo inverso da explosão, ou seja, quando uma matéria “explode para dentro”. Isso acontece debaixo d’água porque, quanto mais fundo o alcance de um objeto, maior a pressão que o peso da água exerce sobre ele. O termo ganhou relevância depois que um submarino implodiu durante uma excursão aos destroços do Titanic. […]
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