Um projeto europeu que pretendia recriar o cérebro humano em um computador terminou após dez anos de pesquisa. Nos dias 12 e 13 de setembro, o Human Brain Project (HBP – Projeto do Cérebro Humano, em tradução livre do inglês) realizou uma cerimônia de encerramento na cidade de Jülich, Alemanha. 

#pracegover: imagem de computador mostra a ilustração de um cérebro com várias zonas ativadas, sendo cada uma de uma cor. Crédito de imagem: reprodução

A iniciativa teve a participação de algo em torno de 500 cientistas e custou 607 milhões de euros (cerca de 3,2 bilhões de reais) — destes, 406 milhões vieram diretamente da União Europeia (bloco econômico e político formado por 27 países). Apesar do alto investimento, o HBP não alcançou seu principal objetivo: desenvolver uma réplica digital do cérebro. Ainda assim, produziu mais de 3 mil pesquisas e 160 ferramentas digitais de uso livre para estudiosos da área. 

Uma delas é o Ebrains, um espaço digital aberto que reúne dados, recursos e pesquisas para que toda a comunidade científica tenha acesso e possa utilizá-los. Nele, é possível encontrar o “Atlas do Cérebro Humano”, um mapa 3D e interativo do órgão com suas principais áreas e funções. 

“É como um Google Maps para o cérebro”, explicou Katrin Amunts, uma das diretoras do HBP, em coletiva de imprensa realizada em março. Com o atlas, cientistas descobriram seis áreas cerebrais até então desconhecidas, que contribuem para a memória, linguagem, atenção e processamento musical. O HBP também desenvolveu pesquisas promissoras no tratamento de cegueira e de algumas doenças. 

O que eu penso sobre… 
“O cérebro digital pode nos ajudar a descobrir, a pensar coisas que um cérebro normal não consegue tão rapidamente. (…) Poderia descobrir curas para várias doenças (…). Mas tenho receio de ele querer criar consciência. A gente tem que usá-lo com controle para não ser como em filmes, um apocalipse digital.” Theo M., 11 anos, do Clube do Joca, São Paulo (SP) 

#pracegover: Theo está parado, com as mãos diante do corpo. Ele está em um jardim verde e, no fundo, é possível ver prédios. Theo veste camiseta branca com detalhes em preto. Crédito de imagem: arquivo pessoal

Fontes: Ebrains, HBP, Estadão e Nature.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 212 do jornal Joca.

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