A divulgação dos ganhadores do Prêmio Nobel 2023 ocorreu entre 2 e 9 de outubro. Um dos mais aguardados é o Nobel da Paz, que, desta vez, foi para a iraniana Narges Mohammadi, ativista que luta contra a repressão sofrida pelas mulheres no Irã. Ela já foi condenada à prisão diversas vezes e, atualmente, está detida em Teerã, capital do país.

A seguir, conheça todos os vencedores deste ano do Nobel, que receberão o prêmio em cerimônia no dia 10 de dezembro.

PAZ

Ganhadora: a iraniana Narges Mohammadi, ativista dos direitos humanos que luta contra a repressão sofrida pelas mulheres de seu país.

Por que venceu: “Ela apoia a luta das mulheres pelo direito de ter uma vida plena e digna”, afirmou a organização do Nobel. Mesmo presa, Narges segue encorajando protestos no Irã, como os ocorridos após a morte da jovem Mahsa (veja a página 4). “O lema adotado pelos manifestantes — ‘Mulher, vida, liberdade’ — expressa (…) a dedicação e o trabalho de Narges Mohammadi”, disse o Nobel. Ela é a 19a mulher a receber o prêmio da Paz em 122 anos.

#pracegover: ilustração de Narges Mohammadi, em tons preto, branco e bege. Ela tem os cabelos crespos e pretos na altura dos ombros. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

QUÍMICA

Ganhadores: o francês Moungi Bawendi, o norte-americano Louis Brus e o russo Alexei Ekimov.

Por que venceram: pelas descobertas sobre pontos quânticos, cristais minúsculos que estão entre os menores componentes da nanotecnologia (que cria estruturas e materiais a partir de átomos). “Os pesquisadores utilizaram principalmente pontos quânticos para criar luz colorida”, declarou o Nobel. Os pontos quânticos estão em luminárias LED, televisores QLED (o Q vem de quântico) e podem ser usados para orientar médicos em cirurgias.

#pracegover: ilustração de Moungi Bawendi, em tons preto, branco e bege. Ele tem os cabelos curtos e grisalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel
#pracegover: ilustração de Louis Brus em tons preto, branco e bege. Ele usa óculos e é parcialmente careca, com cabelos grisalhos nas laterais da cabeça. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel
#pracegover: ilustração de Alexei Ekimov em tons preto, branco e bege. Ele tem os cabelos curtos e grisalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

ECONOMIA

Ganhadora: Claudia Goldin, historiadora econômica e economista trabalhista norte-americana.

Por que venceu: pelo estudo sobre as mulheres no mercado de trabalho. A pesquisa levou em consideração mais de 200 anos de dados dos Estados Unidos sobre a participação feminina no meio trabalhista para explicar por que, ainda hoje, existe uma diferença salarial e de oportunidades tão grande entre homens e mulheres (muitas vezes nos mesmos cargos). Goldin é a terceira mulher na história a vencer o Nobel de economia.

#pracegover: ilustração de Claudia Goldin em tons preto, branco e bege. Ela tem os cabelos lisos, grisalhos e na altura do queixo. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

FÍSICA

Ganhadores: o francês Pierre Agostini, o austro-húngaro Ferenc Krausz e a franco-sueca Anne L’Huillier, quinta mulher a receber um Nobel de física.

Por que venceram: por produzir pulsos de luz tão curtos que são medidos em attosegundos (1 attosegundo representa para 1 segundo o mesmo que 1 segundo representa para a idade do universo). Esses pulsos de luz podem capturar imagens de processos muito rápidos dentro de átomos, possibilitando a observação de elétrons (partículas de carga negativa que se movem rapidamente dentro dos átomos). Eles podem ser usados, por exemplo, em testes que identifiquem doenças em fases mais precoces.

#pracegover: ilustração de Pierre Agostini em tons preto, branco e bege. Ele usa óculos, tem os cabelos curtos, lisos e grisalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel
#pracegover: ilustração de Ferenc Krausz em tons preto, branco e bege. Ele tem os cabelos curtos e grilsalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel
#pracegover: ilustração de Anne L’Huillier em tons preto, branco e bege. Ela usa óculos, tem os cabelos lisos, curtos e grisalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

LITERATURA

Ganhador: o norueguês Jon Fosse.

Por que venceu: “Pelas peças de teatro e sua prosa inovadora, que deram voz ao indescritível”, segundo o Nobel. O autor já foi traduzido para mais de 50 idiomas e criou textos de literatura infantil. Ele escreve usando uma variante da língua nynorsk (“neonoruguês”), que combina dialetos (linguagem de uma região específica) da Escandinávia.

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#pracegover: ilustração de Jon Fosse em tons preto, branco e bege. Ele tem os cabelos lisos, curtos e grisalhos; usa barba e bigode. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

MEDICINA

Ganhadores: a húngara Katalin Karikó e o norte-americano Drew Weissman.

Por que venceram: pelas descobertas na tecnologia RNA mensageiro (RNAm) para o desenvolvimento de imunizantes, que abriram caminho para algumas vacinas contra a covid-19. Eles começaram a publicar estudos sobre RNAm em 2005.

#pracegover: ilustração de Katalin Karikó em tons preto, branco e bege. Ela usa óculos, tem os cabelos curtos e grisalhos. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel
#pracegover: ilustração de Drew Weissman em tons preto, branco e bege. Ele é parcialmente careca, com cabelos nas laterais da cabeça. Crédito de imagem: divulgação/Prêmio Nobel

O QUE É O RNAM?

Um código com instruções para que células do corpo produzam um tipo de proteína. Nas vacinas contra a covid-19, o RNAm usa o organismo humano para “fabricar” uma proteína do coronavírus. Isso leva o corpo a produzir os anticorpos, que nos protegem de doenças.

Outras vacinas precisam introduzir no organismo uma parte do vírus ou o vírus inativado para a produção de defesas. Imunizantes de RNAm podem ter custo menor e ser feitos mais rapidamente por não depender do vírus.

Glossário

ÁTOMO: menor partícula de um elemento químico.

LED: o light emitting diode (diodo emissor de luz) converte eletricidade em luz e consome menos energia.

FONTES: BBC, CNN BRASIL, FOLHA DE S.PAULO, G1, O GLOBO, PRÊMIO NOBEL, UOL E VALOR ECONÔMICO.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 213 do jornal Joca

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