O acesso à energia elétrica ainda é escasso nas regiões rurais de muitos países da África Subsaariana (região ao sul do deserto do Saara). Por isso, o engenheiro eletrônico Kedumetse Liphi, de Botswana, teve a ideia de criar mochilas com placas solares para colaborar com estudantes que têm pouca eletricidade disponível a seguir com os estudos. Agora, o engenheiro começa a colher os frutos da criação, conforme conta a Organização das Nações Unidas (ONU), em texto publicado no dia 8 de março.

A mochila foi batizada de Chedza, que, no idioma africano kalanga significa “luz”, e seu primeiro protótipo foi criado ainda em 2019. Segundo a Africa Renewal — revista on-line da ONU que aborda temas de desenvolvimento social, econômico e político de países africanos — a invenção é feita de lona resistente. Além da placa solar, ela vem com uma luz LED acoplada capaz de iluminar um quarto e uma entrada para carregar a bateria de celulares e computadores.

#pracegover: Menino está de costas. Ele veste calça preta, camiseta branca e um relógio preto no pulso. Nas costas, ele usa uma mochila de cor clara. Na parte de fora da mochila fica o equipamento que capta energia solar. Crédito de imagem: DIVULGAÇÃO/KED-LIPHIBW

Origem da ideia De acordo com Liphi, tudo começou anos atrás, quando ele encontrou um estudante a caminho de casa carregando o material escolar dentro de uma embalagem plástica de arroz. O engenheiro, acompanhado de amigos, decidiu dar carona ao jovem e descobriu que ele morava em um local com pouca eletricidade.

Assim, Liphi e os parceiros idealizaram uma mochila que os estudantes pudessem carregar e, ao mesmo tempo, levar energia para casa. Como muitos jovens da zona rural caminham grandes distâncias sob o sol para estudar, a mochila foi projetada para armazenar energia suficiente para render mais de sete horas de uso.

“Nosso principal objetivo é fazer parceria com governos, Organizações Não Governamentais [ONGs] e empresas para adquirir essas mochilas para doar a alunos que não podem pagar por elas”, disse Liphi à ONU. Atualmente, algumas instituições já encomendaram o produto, incluindo o exército dos Estados Unidos, que pediu por mochilas militares feitas com a mesma tecnologia.

Fontes: Ked-LiphiBW, Nexo e ONU.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 202 do jornal Joca.

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido