A Coreia do Norte lançou um míssil que cruzou o céu do Japão na manhã de 4 de outubro. Moradores de algumas cidades e ilhas do norte e nordeste do país (como Hokkaido e Aomori) acordaram por volta das 7h30 com um alerta aconselhando os moradores a buscar abrigo por conta do projétil norte-coreano.

O míssil é de alcance intermediário e atingiu uma altura de até mil km (mais alto do que a posição da Estação Espacial Internacional, que está a cerca de 400 km do solo). Segundo dados do governo obtidos pelo canal televisivo local TV Asahi, o projétil caiu no mar a cerca de 3 mil km de distância do Japão, depois de um voo que durou 22 minutos.

Apesar de não ter apresentado riscos à população japonesa, o disparo soou para representantes políticos do Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul como uma ameaça ou demonstração de poder norte-coreana. Este foi o quinto míssil a ser disparado pela Coreia do Norte ao longo de uma semana, mas, desde 2017, os testes balísticos do país não sobrevoavam o céu japonês.

Em um comunicado oficial à população, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, declarou que a ação da Coreia do Norte foi uma ofensa ao país e que isso não pode ser tolerado. “Responderemos o mais breve possível com a máxima vigilância”, afirmou, em tradução livre do japonês.

“Tive uma conversa telefônica com o presidente Biden, dos Estados Unidos, e nós reconhecemos que o lançamento de mísseis da Coreia do Norte é um claro e sério desafio à paz e estabilidade de toda a comunidade internacional”, publicou Kishida em uma rede social. “Foi confirmado que os dois países irão coordenar de perto outras medidas, incluindo as do Conselho de Segurança, para a desnuclearização completa da Coreia do Norte.”

Fontes: The Guardian, Primer Minister’s Office of Japan, G1 e Twitter.

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