Milhares de cidadãos voltaram a protestar nas ruas de Hong Kong nos dias 27 e 28 de julho. As manifestações fazem parte de uma onda de protestos que assolam o território há oito fins de semana consecutivos. Houve atritos entre manifestantes e policiais. Os participantes alegam que a polícia usa de brutalidade contra manifestantes pacíficos. A polícia, por sua vez, afirma que muitos manifestantes estavam
Milhares de cidadãos voltaram a protestar nas ruas de Hong Kong nos dias 27 e 28 de julho. As manifestações fazem parte de uma onda de protestos que assolam o território há oito fins de semana consecutivos. Houve atritos entre manifestantes e policiais.
Os participantes alegam que a polícia usa de brutalidade contra manifestantes pacíficos. A polícia, por sua vez, afirma que muitos manifestantes estavam agindo de forma agressiva e, por isso, precisou intervir.
As manifestações em Hong Kong começaram no dia 9 de junho, quando cidadãos saíram às ruas para pedir o fim de um projeto de lei que propunha que suspeitos de crimes fossem enviados para a China e julgados por autoridades chinesas (saiba mais abaixo).
Com o passar do tempo, parte dos manifestantes também começou a pedir investigações sobre policiais que fizeram uso excessivo da força nos protestos e a saída da chefe de governo local, Carrie Lam, entre outras reivindicações.
Perguntas e repostas sobre os protestos em Hong Kong
Qual é a relação entre a China e Hong Kong?
Hong Kong possui certa autonomia em relação à China. Por 99 anos, o território pertenceu aos britânicos, que só devolveram Hong Kong aos chineses em 1997, sob a condição de que a área teria um sistema de leis independente (em relação ao chinês) até 2047. Isso significa que os moradores não precisam seguir as mesmas determinações que os chineses — Hong Kong tem o próprio sistema de leis e mais liberdade de expressão, por exemplo.
O que dizem os manifestantes contrários ao projeto de lei que pretendia enviar suspeitos de crimes para a China?
Eles afirmam, entre outras coisas, que o projeto de lei desrespeita a autonomia de Hong Kong e permite que a China exerça algum tipo de controle sobre a ilha, já que os suspeitos de crime seriam julgados a partir das leis chinesas e não das leis de Hong Kong.
O que o governo alega?
Segundo a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, a medida era importante para que o território não virasse um “paraíso” para criminosos, ou seja, um local onde eles não seriam punidos. No entanto, em razão dos protestos, no dia 15 de junho, Lam suspendeu o projeto de lei. Ainda assim, muitos manifestantes disseram que continuariam protestando enquanto a medida não fosse completamente
descartada.
Há manifestações a favor do projeto de lei?
Os organizadores estimam que 103 mil pessoas tenham participado de um protesto a favor, em 20 de julho. Nele, manifestantes levaram bandeiras da China e cartazes de apoio à polícia.
Fontes: Climatempo, Diário de Notícias, Exame, Folha de S.Paulo, G1, Terra, Veja São Paulo, UOL e World Weather Attribution
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 134 do jornal Joca.
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