Departamento de Estado dos EUA

O Departamento de Estado norte-americano anunciou, na semana passada, que pessoas com passaporte dos Estados Unidos não poderão viajar para a Coreia do Norte.

Estátuas de Kim II-sung (esq.) e Kim Jong-il (dir.), ex-líderes da Coreia do Norte

A restrição às viagens entra em vigor a partir de 1º de setembro e norte-americanos que estiverem no país coreano deverão deixá-lo antes da data.

O Departamento permite algumas exceções, como é o caso de jornalistas e trabalhadores humanitários. Estes poderão solicitar um passaporte especial para viajar para a Coreia do Norte.

Departamento de Estado dos Estados Unidos

A decisão de proibir as viagens para o país asiático aconteceu após o estudante norte-americano Otto Warmbier ser morto supostamente por tortura e agressões em uma prisão norte-coreana.

Em 2016, o estudante foi sentenciado a 15 anos de trabalho forçado na Coreia do Norte por roubar um cartaz político em uma área reservada a funcionários de um hotel em Pyongyang, capital norte-coreana.

Em junho deste ano, ele voltou aos EUA em coma e morreu cinco dias depois. As razões para ele ter entrado em coma ainda não estão claras. A Coreia do Norte respondeu às acusações e afirmou que não torturou ou agrediu Warmbier enquanto ele esteve detido.

Otto Warmbier, quando foi detido na Coreia do Norte, em 2016

O caso aumentou ainda mais a tensão entre os dois países. Donald Trump, presidente americano, acusou o governo norte-coreano de ser um “regime brutal”, e afirmou estar decidido a impedir que “outros inocentes sofram tais tragédias”.

Até o momento, três americanos continuam detidos na Coreia do Norte.

Aeroporto de Pyongyang, na Coreia do Norte

Com a decisão, o país passará a ser o único local do mundo para onde os norte-americanos não poderão viajar.

Resposta norte-coreana

O regime norte-coreano criticou a decisão dos Estados Unidos, e afirmou que não há razão para que estrangeiros se sintam ameaçados em seu país.

“Nossas portas estão sempre abertas para todos os norte-americanos que visitam o nosso país por boa vontade e que desejam ver a nossa realidade”, disse um porta-voz não identificado do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte.

O governo norte-coreano descreveu a ação dos EUA como uma tentativa “sórdida” de limitar trocas humanas.

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