Por Larissa Mariano

A robótica é a ciência que estuda as tecnologias associadas à elaboração e construção de robôs. No entanto, seu ensino nas escolas abrange também estímulos cognitivos, comportamentais e sociais. 

É sob essa perspectiva que Ricardo Rodrigues dos Santos, orientador de educação digital no Sesi 113, em Mogi das Cruzes (SP), trabalha diariamente. “A sala de aula se expande porque a robótica é capaz de integrar tudo: matemática, ciências, linguagens. O aluno pode ter uma ideia e, então, tentamos desenvolver no laboratório, com a montagem, programação e outras discussões”, explica. Em aula, os estudantes podem montar robôs com peças de Lego, desenvolvendo programação de software para funcionalidades específicas. 

Além de estar na grade curricular do ensino fundamental 2 do Sesi 113, a robótica surge em projetos como First Lego League Challenge (FLL), competição internacional para jovens de 9 a 15 anos. A disputa envolve a execução de diferentes missões de um robô em uma mesa com desafios e obstáculos. Os estudantes também criam um projeto de solução para uma temática que muda a cada ano, trabalhando com pesquisa e resolução de problemas.

#pracegover: foto mostra a mão de uma criança segurando duas medalhas na altura do peito. Crédito de imagem: reprodução

Foi a partir do FLL que Cristiane Cabral, professora e mestranda no estudo da robótica educacional, levou a equipe dos Lobóticos, da Emef Heitor Villa Lobos, em Porto Alegre (RS), para Houston, nos Estados Unidos. O time conquistou o mundial do FLL de 2023. Para Cristiane, a robótica atua como um instrumento transformador não apenas para a realidade dos alunos, como também para a comunidade ao redor. “Vejo a escola como um espaço potente, transformador e de possibilidades para crianças que, em nosso caso, muitas vezes saem de zonas periféricas e conseguem ter acesso a novas oportunidades, lugares. As famílias são muito gratas por isso”, explica. Na Emef Heitor Villa Lobos também acontece o FLL Explore, para a faixa etária de 6 a 10 anos.

Trabalho em equipe 

Estudantes que participam do FLL, tanto no Sesi 113 como na Emef Heitor Villa Lobos, treinam em equipe no contraturno escolar. “[Os treinos] ajudam a me expressar com as pessoas, ter uma relação melhor em grupo e, principalmente, adquirir muito mais conhecimento até em outras matérias escolares (…)”, conta Gabrieli W., 15 anos, da Emef Heitor Villa Lobos. 

#pracegover: foto exibe o braço de uma criança usando um relógio robótico. Crédito de imagem: reprodução

Anna L., 16 anos, do Sesi 113, expandiu sua trajetória para outros horizontes, agora já no ensino médio: “A robótica trouxe para mim não só conhecimento dentro da área da elétrica ou de programação, por exemplo, ela agregou muito ao meu senso crítico. Hoje, após iniciar o curso de mecatrônica, vejo todos os dias como os aprendizados ali foram significativos”.

Glossário

COGNITIVO: o desenvolvimento cognitivo ocorre quando passamos a memorizar habilidades, movimentos e informações, associando-os a suas determinadas funções e significados.

MECATRÔNICA: área que combina conhecimentos de elétrica, mecânica e informática para criar máquinas inteligentes. 

SOFTWARE: sistema de coordenadas ou dados em um computador que executa o funcionamento da máquina.

FONTES: FLL, PREFEITURA DE PORTO ALEGRE E PORTAL DA INDÚSTRIA.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 219 do jornal Joca.

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