Cientistas de universidades dos Estados Unidos conseguiram manipular células de rã para criar os primeiros robôs vivos, chamados xenobots. Eles têm um milímetro de tamanho e podem caminhar, nadar e trabalhar em grupo. A pesquisa com a novidade foi publicada, em 13 de janeiro, pela revista científica da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (Pnas).

Ao contrário dos robôs comuns, os xenobots não têm uma peça de plástico ou metal. Sua aparência de bolinha em movimento lembra uma pulga. Isso porque eles são uma nova categoria, batizada de “organismo vivo e programável” — quando o robô tem células vivas, mas obedece a ordens programadas por computador, como uma máquina.

Os xenobots são capazes de carregar substâncias enquanto se movimentam, o que pode ser útil para limpar áreas contaminadas (por substâncias tóxicas, por exemplo) e retirar microplásticos dos oceanos (um dos maiores  poluentes atuais — saiba mais na edição 136 do Joca). Os cientistas também planejam injetá-los em humanos para que limpem o acúmulo de gordura nas artérias (por onde passa o sangue), impedindo o surgimento de algumas doenças.

Xenobots
Os xenobots são menores do que a cabeça de um alfinete/ #prcegover: a imagem mostra o robô em tons de branco e fundo azul. Crédito de imagem: Douglas Blackiston, Tufts University.

Além disso, eles têm capacidade de regeneração. Quando partidos ao meio, reorganizam-se e voltam a trabalhar normalmente. E não sentem dor, já que foram criados sem o tecido neural, parte do corpo responsável pela sensação. Isso não significa que sejam imortais — a vida útil de cada um é de, em média, sete dias.

Os xenobots ainda estão em fase de teste e não são capazes de se reproduzir, evoluir ou pensar.

Como os xenobots foram criados?
Os cientistas usaram células-tronco, capazes de se reproduzir e se transformar em qualquer outro tipo de célula. Quando estamos na barriga de nossa mãe, por exemplo, as células-troncos são responsáveis por nos transformar em um bebê completo. Neste caso, foram usadas células da pele e do coração da rã-deunhas-africana. Eles também tiveram ajuda de computadores equipados com inteligência artificial.

Glossário
Células:
estruturas essenciais para o funcionamento do corpo, como fornecer energia e combater bactérias. Elas podem ser encontradas em todo o organismo.

Fontes: CNN, G1, Galileu, Superinteressante e The Guardian

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 142 do jornal Joca

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