Pesquisadores da Universidade Cardiff, no Reino Unido, usaram peças de Lego para desenvolver uma impressora 3D capaz de criar pele humana. No dia 26 de abril, eles publicaram um vídeo no canal do YouTube da instituição para mostrar como funciona a tecnologia, acompanhado de um link com o código fonte aberto para que qualquer laboratório use gratuitamente, fazendo o equipamento funcionar. 

A impressão de pele humana é importante para tratar vítimas de queimaduras e outros ferimentos. Também serve para experimentos envolvendo células, o que pode auxiliar na descoberta de novos tratamentos para doenças. 

#pracegover: a foto mostra a impressora 3D trabalhando. Há peças coloridas de Lego no meio da máquina. Crédito de imagem: reprodução

Como a impressora foi criada? 
Os cientistas usaram peças Lego da linha Mindstorms. Concebidos para ensinar crianças sobre robótica, os Mindstorms acompanham kits com chips, fios e até um software de programação simplificado. 

Impressoras 3D de peles e outros órgãos humanos, chamadas de bioimpressoras, existem desde 1999. O problema é que elas custam caro (cerca de 25 mil reais) e a manutenção do equipamento é complicada. A versão feita com Lego, por outro lado, custa 500 libras esterlinas (cerca de 3,1 mil reais), e a maior parte dos defeitos pode ser resolvida apenas trocando peças. 

“Poucas equipes de pesquisa, incluindo a nossa, podem esticar o orçamento para cobrir esse tipo de gasto, por mais inovadora que a tecnologia prometa ser”, escreveram os responsáveis pela invenção em uma publicação no portal científico The Conversation. “Isso fez com que nos perguntássemos se poderíamos construir nossa própria bioimpressora 3D acessível”, completaram. 

Os laboratórios ou curiosos interessados em replicar a máquina podem procurar o estudo publicado na revista Advanced Materials Technologies (Tecnologias Avançadas de Materiais, em tradução do inglês) que traz instruções detalhadas de como construir uma bioimpressora de Lego. 

Glossário

Código fonte: linguagem usada em programação contendo instruções para que máquinas e computadores trabalhem adequadamente.

Fontes: Lego, Advanced Materials Technologies, The Conversation e Cardiff University.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 205 do jornal Joca.

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