Pedro Oliveira

As fortes chuvas que atingem o Maranhão desde março, e seguem caindo em abril, já afetaram mais de 40 mil famílias. Ao menos 73 cidades decretaram situação de emergência.

De acordo com o governo do estado, as chuvas causaram a cheia de rios, provocando enchentes em vários municípios. Um dos principais rios maranhenses é o Munim, que atravessa cerca de 30 cidades. Em consequência dos temporais, o nível dele ficou sete metros acima do normal. Moradores chegaram a usar canoas para se locomover e, em várias regiões, houve risco de deslizamento de terra.

Até o fechamento desta edição, seis pessoas tinham morrido em decorrência das chuvas no Maranhão e 8.663 famílias precisaram deixar a casa em que moravam. O governo do estado distribuiu mais de 39 mil cestas básicas e 64 mil litros de água, além de milhares de colchões. Segundo o governo federal, mais de 8 milhões de reais foram enviados ao estado para auxiliar as vítimas.

Causas
Em entrevista ao Joca, Juarez Mota, professor de climatologia da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), comentou que tragédias como essa são resultados do aumento do volume de chuva em decorrência das mudanças climáticas.

Para ele, são necessárias novas políticas públicas para garantir moradias mais seguras. “Em muitas cidades maranhenses, casas são construídas muito próximas de rios. Por falta de políticas habitacionais corretas, as pessoas vão ocupando terrenos mais suscetíveis a inundações”, explica.

Glossário

Políticas públicas: conjunto de programas, ações e atividades desenvolvidas pelos governos para garantir direitos da população.

Situação de emergência: ferramenta que permite aos municípios, por exemplo, ter acesso facilitado a recursos financeiros do governo federal.

Fontes: Agência Brasil, CNN Brasil, G1, governo do Maranhão e Poder360.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 204 do jornal Joca.

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