British school teacher Andria Zafirakou reacts after winning the Global Teacher Prize at a ceremony in Dubai, United Arab Emirates, Sunday, March 18, 2018. Zafirakou won the highly-competitive $1 million teaching prize on Sunday for her work with inner city children in London, helping students feel welcome and safe in a borough with one of the highest murder rates in the country and where English is frequently spoken as a second language at home. (AP Photo/Jon Gambrell)

Andria Zafirakou, de 39 anos, aprendeu frases simples de 35 idiomas para se aproximar dos alunos estrangeiros na escola onde dá aula de artes. Os esforços dela para acolher as crianças, cujas famílias migraram para o Reino Unido, foi reconhecido com a conquista do prêmio de melhor professora do mundo. O anúncio foi feito em uma cerimônia em Dubai, a capital dos Emirados Árabes, em 19 de março. A educadora recebeu 1 milhão de dólares.

Andria Zafirakou vibra durante a cerimômia de premiação em Dubai, nos Emirados Árabes

Espécie de Prêmio Nobel da Educação, o Global Teacher Prize, promovido pela Varkey Foundation, da Inglaterra, homenageia educadores com atuações relevantes.

Andria entendeu a realidade dura e violenta dos alunos da Alperton Community School, localizada no norte de Londres, e liderou mudanças que melhoraram a vida deles. O colégio passou a ter um coral de música somali e oferecer esportes de que só meninas participassem, para não ofender famílias com religiões mais conservadoras, por exemplo.

A professora de arte sabe dizer “olá” em 35 línguas diferentes – entre elas, hindi, árabe e português. Segundo ela, o simples cumprimento é a forma mais simples de fazer com que seus alunos, vindos de mais de uma centena de países, se sintam parte da comunidade escolar.

“O inglês não é a língua falada nos lares da maioria dos meus estudantes. Isso fazia com quem chegassem a escola com medo de sofrerem bullying”, explicou Andria durante a premiação.

Formada em arte de design pena University College of London, Andria leciona em uma escola no distrito de Brent, área com a segunda maior taxa de homicídios do Reino Unido e com mais de um terço das crianças vivendo em situação de extrema pobreza. A região é marcada por uma alta taxa de imigração, com a segunda maior população de negros, asiáticos e outros grupos étnicos da Inglaterra.

Brasileiro na final
Nascido no Mato Grosso do Sul, Diego Mahfouz Faria Lima, de São José do Rio Preto (SP), foi o único brasileiro entre os dez finalistas do prêmio. Ele transformou a escola Darcy Ribeiro, que sofria com violência e altas taxas de evasão: recuperou o espaço físico da escola, que estava depredado, envolveu os alunos e a comunidade.

Diogo Faria Lima foi finalista ao prêmio que elegeu o melhor professor do mundo

“No meu primeiro dia de trabalho, colocaram fogo no banheiro, jogaram água, maçãs e os tambores de lixo em mim”, explicou o educador, que assumiu o cargo de diretor em 2014.

Para contornar a situação, Diego abriu um canal de diálogo com os estudantes e viabilizou um espaço para debates e opiniões. Pouco a pouco, os alunos foram gostando da escola, participando e cuidando melhor dela .

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Comentários (1)

  • julia 4 dm

    1 ano atrás

    muito legal a reportagem kkkj

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