Experimento faz parte de um documentário sobre as consequências do isolamento humano
Beatriz Flamini, de 50 anos, passou 500 dias (um ano e 135 dias) isolada em uma caverna subterrânea da região de Andaluzia, no sul da Espanha. Após meses sem contato com outras pessoas, nenhuma luz exterior ou acesso a meios de comunicação e medição de tempo, a atleta espanhola saiu da caverna no dia 14 de abril — ela havia entrado no local em 20 de novembro de 2021.
A experiência, toda registrada em vídeo, é parte de um projeto da produtora Dokumalia, que pretende fazer um documentário sobre as consequências físicas e mentais do isolamento humano em determinado período — ainda não há resultados divulgados sobre o que foi vivido por Flamini. Ao deixar a caverna, a 70 metros de profundidade, ela relatou ter aproveitado muito bem os dias sem contato com o mundo. “Foi ótimo, nem queria sair hoje. Eu me dei muito bem comigo mesma”, declarou para jornalistas que aguardavam sua saída.
Como foi viver na caverna?
Todos os dias, uma equipe levava comida para a atleta. O alimento era deixado em um ponto específico da caverna, sem contato direto entre Flamini e outras pessoas. Lá dentro, ela tinha livros, instrumentos para desenhar, pintar e tricotar.
O único momento fora dessa rotina, de acordo com veículos de comunicação espanhóis, ocorreu durante uma semana: após 300 dias de isolamento, a atleta deixou a caverna em razão de uma falha em um aparelho que permitia a comunicação de emergência entre ela e o suporte técnico do projeto. Flamini contou ter ficado em uma barraca até que pudesse retornar.
Fontes: BBC, CNN Brasil, El País, Estadão, G1, Instagram de Beatriz Flamini e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 204 do jornal Joca.
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