crianças-em-casa

Por Helena Rinaldi e Joanna Cataldo

Para evitar que o novo coronavírus se espalhe, escolas por todo o Brasil suspenderam as atividades presenciais. Para saber como está a adaptação ao período de quarentena, o Joca conversou com jovens ao redor do país.

“Acho mais difícil ter aula on-line. Tudo é por e-mail, o que faz com que seja mais difícil para os professores responder as perguntas. Eu acordo às 7h e começo a estudar às 8h. Faço também alongamento ou ioga mais ou menos das 14h30 às 15h30. É importante ter uma rotina para não ficar perdido. Como tenho mais tempo livre, consigo me dedicar mais aos meus desenhos. Também consigo ter mais tempo para relaxar, já que tinha uma rotina muito cheia na escola.” Yumi M., 10 anos, de Salvador (BA)

 

“Às vezes, acho que ter aula on-line é até melhor, porque dá para se concentrar mais, tem mais silêncio. A melhor parte é que eu não tenho mais que ficar preso no trânsito e, se eu não tiver lição de casa ou acabar rápido, tenho mais tempo para brincar e ficar com a minha mãe e o meu cachorro. Acho que eu precisava desse tempo, porque antes eu ficava bem pouco com ele. A parte difícil é que meu pai mora na Argentina e, com tudo o que está acontecendo, ele não pode vir para cá me visitar.” Mateo H., 12 anos, do Rio de Janeiro (RJ)

“Minha escola não está tendo aulas on-line, mas estou estudando durante o isolamento. Estou revisando livros e cadernos e assistindo a videoaulas. Prefiro deixar a minha rotina em aberto e sem muitas obrigações, assim me sinto mais livre para fazer o que sentir vontade. Durante a quarentena, comecei um dos cursos on-line que a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, ofereceu de graça. Mas também gostaria de aproveitar esse tempo para fazer aulas de francês.” Helena P., 16 anos, Parnamirim (RN)

“No começo, achei que daria para conversar com os amigos pelo chat [da ferramenta de estudo on-line] (risos). Depois eu percebi que o chat era para tirar dúvidas das matérias. Quando os amigos querem conversar, nós escolhemos um horário em que não estamos estudando e fazemos uma videoconferência. A parte mais difícil é a falta de contato com as pessoas. Queria também poder ir a restaurantes, shoppings, cinema. Mas acho que a parte positiva é que eu fico mais tempo com a minha família. A gente almoça junto, minha mãe me ajuda com as lições. Além disso, com o isolamento, eu comecei a ajudar mais na arrumação da casa.” Manuela S., 9 anos, de São Paulo (SP)

“As aulas da minha escola foram totalmente paralisadas. Eu estou assistindo a muitos filmes e ouvindo música, mas às vezes também assisto a vídeos que explicam os assuntos [aprendidos na escola]. O problema é que eu não consigo estudar por videoaula, então parei um pouco de estudar e estou dormindo bastante.” Ariel V., 12 anos, de Belém (PA)

“Eu estou cozinhando bastante: já fiz macarronada, tapioca, bolo… Várias coisas que eu sempre tive vontade de fazer, mas que não tinha tempo antes. Eu também assisto a um canal da televisão local que passa aulas durante a semana. No final de cada aula, eles apresentam atividades. Nós temos que fazê-las no caderno, porque os professores vão cobrar as respostas quando a escola voltar.” Evelin F., 16 anos, de Manaus (AM)

“Minhas professoras passaram tarefas, e minha mãe e eu estamos organizando tudo em uma agenda. De manhã, eu leio alguns livros de literatura e, à tarde, faço as tarefas. Acho que é um bom método para quem não pode ter aulas on-line. O mais chato é ter que ficar em casa, mas estou aproveitando para ver desenhos animados, já que eu quase nunca consigo fazer isso.” Clarice C., 7 anos, Brasília (DF)

“Pelo aplicativo da escola, posso ter acesso a todas as atividades. Não fiz um cronograma porque acho mais fácil fazer tudo na hora. Tenho passado a quarentena com o meu pai e a minha mãe. Uma das partes mais difíceis é não poder abraçar ninguém nem ver minhas amigas ao vivo. Mas estou aproveitando bastante o tempo em casa. Estou brincando mais, lendo mais… Até que esse tempo está sendo bem legal!” Julia M., 10 anos, de Campo Grande (MS)

“Na minha escola temos um sistema de aulas on-line. A gente entra em uma sala [virtual] em que os professores dão coisas para nós fazermos. Acho que esse método é eficiente, mas é muito pior porque a gente não entra em contato com as outras pessoas. É como falar com um amigo por mensagem ou videochamada — não é a mesma coisa que poder encostar e olhar na cara da pessoa. Na minha opinião, não poder socializar é a parte mais difícil.” Arthur L., 12 anos, de Joinville (SC)

“Estou estudando com as videoaulas que a minha escola passa todos os dias. Acho esse método bom, porque nos ajuda a fortalecer a mente e a manter os estudos em dia. Estou passando [este período] em casa com meus pais e minha cachorrinha, Gigi. A parte mais difícil é não poder sair e não ver meus amigos e meus avós pessoalmente. A melhor parte é ter mais tempo livre!” Maria Eduarda V., 13 anos, de Apucarana (PR)

Aulas a distância no ensino público

Medidas anunciadas por alguns governos estaduais e prefeituras

Escolas estaduais de São Paulo: o governo declarou que pretende criar uma plataforma on-line com atividades para estudantes dos ensinos fundamental e médio. A Secretaria de Educação afirma estar procurando parceiros que possam ajudar a levar internet para todos os alunos.

Escolas estaduais do Rio de Janeiro: o governo fez um convênio com o Google para oferecer aulas on-line aos estudantes da rede por meio do Google Clasroom [ferramenta usada para ensino]. As atividades ficaram disponíveis no dia 30 de março. Segundo a Secretaria de Educação, quem não tiver acesso à internet receberá material impresso em casa.

Escolas estaduais de Manaus (e outros quatro municípios do Amazonas): os alunos passaram a ter acesso a aulas em vídeo via internet e canais da TV aberta em 23 de março.

Escolas estaduais do Pará: aulas estão sendo transmitidas via TV aberta desde 25 de março.

Escolas estaduais de Goiás: os alunos receberam conteúdos e atividades para fazer em casa.

Escolas estaduais do Mato Grosso do Sul: os alunos receberam atividades para fazer em casa.

 

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Comentários (8)

  • Dhafini

    3 anos atrás

    eu particularmente me adaptei com o ead mas não aprendemos da mesma forma que em uma aula presencial, muitas vezes o aplicativo não funciona muito bem, nós no começo ficávamos sobrecarregados demais, agora que começou a mudar um pouco...

  • Samuel

    3 anos atrás

    Para não pegar o coronavírus

  • Arthur Gomes Kanashiro

    3 anos atrás

    adore,porque tambem estou usando o google clasroom(GC)e estou gostando muito

  • Barbara Kelly Mathias de carvalho

    3 anos atrás

    Eu acho que tudo que eu li foi vdd eu achei isso um absurdo tem gente que não tem internet nem condições de comer isso me deixa triste e tudo que eu li e vdd pq a nossa rotina tá sendo as mesma não muda

  • Judith

    3 anos atrás

    Interessante

  • Betina Silva Thomazinho Cunha

    4 anos atrás

    não estou gostando muito de ficar em casa por que não podemos sair para ir ao sinema, teatro, restaurantes, parques etc. não estamos podendo sair de casa, visitar os amigos ou família. Tem muitas pessoas que tem familiares ou amigos que moram em outro país ou em outras cidades. com o coronavírus no ar, tivemos que desmarcar todas as viagens e agora não podemos matar a saudade de que amamos ou de nossos amigos.

  • Viviane de Carvalho Cunha

    4 anos atrás

    é quase tudo igual

  • Cristiane Pacanowski

    4 anos atrás

    eu não gosto de ficar enfurnada em casa todo o santo dia!

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