A lei que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio completa 17 anos em janeiro de 2020. Em 2008, a legislação incluiu também os povos indígenas.

A Escola Municipal Mário Paulo de Brito, no Rio de Janeiro (RJ), é uma das que aplicam a lei. O currículo das aulas de artes cênicas, feito pelo professor Pedro Bárbara, inclui autores e artistas negros, além de destacar a participação dos indígenas na história brasileira. “A cultura afro-brasileira e indígena sustenta a base do que a gente é como sociedade”, defende Pedro.

Em busca de voz
Para Nicole O., 12 anos, estudante da aula de artes cênicas, “o mais importante de estudar a cultura afro-brasileira é se ver: ver sua história e cultura e a dos seus antepassados ser representadas e, assim, encontrar-se, encontrar sua voz”, diz.

Ana Beatriz S., de 15 anos, outra aluna da escola carioca, afirma ter sentido grande poder ao subir no palco e “finalmente” ser ouvida. “Eu digo que tenho 4 anos de negra porque, antes de entrar nesta escola, eu não me assumia como sou, não me via como bonita, só via o padrão europeu como bonito”, conta. Para ela, o ensino de cultura afro-brasileira e indígena deve ser aplicado desde a infância.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 142 do jornal Joca

Ixi! Você bateu no paywall!

Ainda não é assinante? Assine agora e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Joca.

Assinante? Faça Login

Voltar para a home

Ou faça sua assinatura e tenha acesso a todo o conteúdo do Joca

Assine

Enquete

Sobre qual assunto você gosta mais de ler no portal do Joca?

Comentários (0)

Compartilhar por email

error: Contéudo Protegido