Uma pesquisa realizada pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), divulgada em 28 de julho, mostrou que 51% dos brasileiros dizem já ter presenciado atos de racismo. O levantamento também apontou que, para 96% dos entrevistados, as pessoas pretas são as principais vítimas de racismo, seguidas pelos indígenas. 

A pesquisa, porém, trouxe uma contradição nas respostas: apesar de a maioria ter afirmado presenciar atos de racismo, apenas 11% disseram reconhecer que cometem atitudes racistas. Para os entrevistados, o racismo se faz presente, na maioria das vezes (66%), por meio da violência verbal, como ofensas e xingamentos. 

#pracegover: imagem aérea da avenida Paulista, em São Paulo. É possível ver o topo de alguns prédios e de árvores. No centro da avenida está escrito “#vidaspretasimportam”. Crédito de imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Em entrevista ao Joca, Marcio Black, coordenador de projetos do Instituto de Referência Negra Peregum, que encomendou a enquete realizada pelo Ipec, falou sobre a importância das 

instituições escolares no combate ao racismo: “As escolas são fundamentais para que crianças brancas não reproduzam práticas racistas, para que elas sejam educadas. Ao mesmo tempo, temos uma de- manda de qualificação de professores para que tanto os alunos negros como os brancos tenham uma for- mação adequada em relação à agenda antirracista”. 

De acordo com pesquisa da Organização Não Governamental (ONG) Todos Pela Educação, apenas 50,01% das escolas públicas brasileiras tiveram aulas de combate ao racismo em 2021, último ano em que foi feita a pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Esse é o pior número em dez anos. Fontes: EBC, Estadão e G1. 

Fontes: EBC, Estadão e G1.


Esta matéria foi originalmente publicada na edição 209 do jornal Joca.

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