Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, tiveram seu primeiro encontro público, durante a cúpula do G20, que aconteceu na Alemanha em 7 de julho. Antes do encontro, os presidentes se elogiaram diante da imprensa e demonstraram comprometimento para resolver as questões que afetam os dois países. A reunião entre
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, tiveram seu primeiro encontro público, durante a cúpula do G20, que aconteceu na Alemanha em 7 de julho.
Antes do encontro, os presidentes se elogiaram diante da imprensa e demonstraram comprometimento para resolver as questões que afetam os dois países.
A reunião entre os dois estava programada para durar 35 minutos, mas se alongou para quase duas horas e meia, e ambos afirmaram que houve um “grande entendimento” entre eles. De acordo com Putin, as discussões foram sobre a guerra na Síria, luta contra o terrorismo, além da cibersegurança, principal preocupação de Trump.
O presidente norte-americano suspeita que hackers russos tenham interferido nas eleições presidenciais americanas. Segundo o chanceler russo Serguei Lavrov, Trump aceitou a palavra de Putin, que negou qualquer tipo de envolvimento.
Após o término do encontro, teve o anúncio da trégua no sul da Síria. Os dois países se comprometeram com um cessar-fogo no sul do país. O acordo ainda teve o apoio da Jordânia, que faz fronteira com a província síria de Daraa – região de muitos bombardeios.
Segundo o secretário norte-americano Rex Tillerson, é a primeira vez que Estados Unidos e Rússia mostraram que podem trabalhar juntos na Síria.
Tensão nos bastidores
Ao contrário do que se viu na cúpula do G20, a relação entre os dois países é marcada por uma constante tensão. O presidente americano havia declarado que a Rússia poderia ter atuado para interferir nas eleições americanas. Putin negou as acusações.
Além disso, os países estão envolvidos em diversas questões globais como os conflitos envolvendo a Síria (a Rússia apoia o regime de Bashar al-Assad, condenado pelos Estados Unidos), Ucrânia (Rússia anexou a Crimeia, sendo repudiada pelo EUA) e a Coréia do Norte (enquanto o EUA quer mais punições ao regime de Kim Jong-un, a Rússia pede pacificação com o país asiático).
Polêmica envolvendo filho de Trump
Donald Trump Jr., o filho mais velho do presidente, se encontrou com uma advogada russa ligada ao Kremlin, em junho de 2016, durante as eleições presidenciais americanas.
A advogada teria oferecido informações contra a candidata democrata Hilary Clinton. A descoberta desse encontro aumenta a suspeita de uma possível coordenação entre a equipe do candidato republicano e o Kremlin.
O genro de Donald Trump, Jared Kushner, e seu chefe de campanha à época, Paul J. Manafort também participaram da reunião.
De acordo com o jornal New York Times não está claro se a advogada, Natalia Veselnitskaya, passou, de fato, as informações comprometedoras de Clinton.
O FBI, a CIA e NSA investigam uma possível ação de Vladimir Putin para manchar a imagem de Clinton, e facilitar a vitória de Donald Trump. No entanto, nenhuma prova foi encontrada ainda contra o atual presidente russo.
Trump Jr., assim como Kushner, afirmam que a conversa foi sobre um programa de adoção de crianças russas, e que em nenhum momento se discutiu o assunto eleitoral. A advogada russa, por sua vez, negou qualquer tipo de acordo com o Kremlin.
Um porta voz do advogado de Trump declarou que “o presidente não sabia e não participou da reunião”.
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