O presidente russo Vladimir Putin se reelegeu com 87,28% dos votos nas eleições que ocorreram entre 15 e 17 de março no país. Com a vitória, ele fica no cargo por mais seis anos, podendo alcançar 30 anos no poder. Dessa maneira, irá se tornar o político a comandar a Rússia por mais tempo, batendo a marca de Josef Stalin (1878-1953), que governou a União Soviética (bloco de países integrado pela Rússia e que se dissolveu em 1991) por quase 29 anos. Pelas leis atuais, Putin ainda poderá disputar as eleições de 2030. 

Segundo Ella Pamfilova, presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC) do país, essas foram as maiores eleições presidenciais da história russa, com 87.576.075 de eleitores — 77,49% dos cidadãos aptos a votar. O recorde anterior é de 2008, quando 69,81% dos eleitores foram às urnas. O voto não é obrigatório na Rússia. 

Putin nasceu em 1952, na cidade de São Petersburgo. Para uma parte da população, ele é um bom líder, pois diminuiu a pobreza no país e aumentou o mercado consumidor, entre outros pontos. Ao mesmo tempo, existem os que afirmam que Putin não respeita a democracia, já que permanece há tantos anos à frente dos cargos mais importantes do governo. Também há acusações de que críticos do presidente são, por exemplo, presos.

Trajetória de Putin na política russa 

1975-1991: trabalhou por 16 anos para a KGB, organização de serviços secretos da Rússia. AGOSTO DE 1999: nomeado primeiro-ministro (chefe de um governo parlamentarista) da Rússia. DEZEMBRO DE 1999: assume a presidência depois da renúncia de Boris Yeltsin. 

2000: é eleito presidente da Rússia.

2004: reeleito para a presidência. 

2008: volta ao cargo de primeiro-ministro. 

2012: é eleito para um mandato de seis anos na presidência. 

2018: novamente reeleito. 

2020: mudanças em uma lei permitem que Putin seja reeleito para mais dois mandatos. 

2024: é reeleito presidente da Rússia.

COMO ESTÁ A GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA? 

O conflito completou dois anos, em 24 de fevereiro. Não é possível saber com exatidão quantas pessoas morreram, pois o governo de ambos os países não divulga dados precisos e confiáveis. Segundo a Ucrânia, estima-se que foram perdidos (mortos ou feridos) 432.390 soldados russos. Já a Rússia calculou, em dezembro de 2023, cerca de 385 mil soldados ucranianos perdidos.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 220 do jornal Joca.