Cientistas divulgaram, em 11 de maio, a descoberta de 62 novas luas que orbitam Saturno. Com a novidade, o astro ultrapassou Júpiter (que somou 95 luas quando 12 delas foram localizadas em fevereiro, superando Saturno) e voltou a ser o planeta com a maior quantidade de luas do Sistema Solar, totalizando 145. 

A descoberta foi feita por dois grupos de pesquisa do Instituto de Astronomia e Astrofísica da Academia 

Sinica, em Taiwan, que usaram telescópios localizados no Havaí. A União Astronômica Internacional deve reconhecer as novas 62 luas de Saturno ainda em maio. 

Algumas das luas são pequenas, variando entre 1 e 2 quilômetros (km) de diâmetro (comprimento da reta que passa pelo centro e toca dois pontos na borda de uma circunferência). Isso reforça a teoria de que elas possam ser vários pedaços de uma antiga lua maior que, ao longo de bilhões de anos, foi sendo destruída durante colisões com asteroides, cometas ou outras luas. 

O movimento das luas em torno de Saturno acontece em um raio de distância grande, entre 9,6 milhões e 30 milhões de km do planeta — exceto Titã, a maior delas, que gira a menos de 2 milhões de km. A lua que orbita a Terra, por exemplo, está a 384.400 km de distância do planeta. 

É possível ter vida nas luas de Saturno?
Encélado, uma das luas do planeta, é forte candidata a abrigar alguma espécie de vida extraterrestre. O satélite natural, que possui um vasto oceano abaixo de uma superfície congelada, já foi estudado, e os dados coletados mostraram existir elementos essenciais para a vida. 

Recentemente, a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) divulgou um novo robô que vai estudar Encélado. Em formato de cobra, a invenção dispõe de tecnologia para adentrar locais de difícil acesso e coletar informações do oceano congelado. Chama- do Exobiology Extant Life Surveyor (EELS), o robô está sendo testado no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), com previsão para ficar pronto até o fim de 2024. 

Glossário 

Asteroides: pequenos pedaços de rocha dentro do Sistema Solar. 

Cometa: corpo gelado que libera gases e percorre a galáxia. 

Órbita: é a trajetória de um astro em torno de outro, ou seja, girando em volta dele. Por exemplo: a Lua está na órbita da Terra, que, por sua vez, está na órbita do Sol. 

Fontes: Brasil Escola, Canaltech, Estadão, Folha de S.Paulo, Galileu, JPL – Nasa, O Globo e The New York Times. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 206 do jornal Joca.