Eles participam de campeonatos, treinam com dedicação e têm o apoio da torcida. A diferença em relação aos esportes que todo mundo está acostumado a acompanhar é que o deles é totalmente eletrônico. Estamos falando do universo dos gamers profissionais.

A repórter mirim Thalita M., 14 anos, entrevistou Jacobin, que joga pelo ODDIK, e Isla, que joga pela equipe B4 no cenário de Valorant. Os dois gamers contaram sobre a rotina de um jogador profissional (também conhecido como pro player) e como começaram a jogar, além de dar dicas para quem quiser seguir a carreira.

Quando vocês começaram a ter vontade de jogar profissionalmente?
Isla: Desde pequena. Comecei a pegar gosto por jogar a partir de uns 9 anos.
Jacobin: Acho que desde pequeno também. Sempre gostei de jogar no computador. Com 13 anos, descobri esse mundo dos eSports (que não era tão popular como hoje) e me apaixonei. Se já era legal jogar casualmente, imagine profissionalmente? Entrei no cenário profissional com cerca de 18 anos, mas só com 22 passei a viver disso mesmo.

#pracegover: Jacobin está em pé e com os braços cruzados. Ele é branco e tem cabelos pretos e curtos. Jacobin veste calça preta e moletom preto com detalhes em amarelo. Crédito de imagem: DIVULGAÇÃO/VIVO KEYD/REDES SOCIAIS E ARQUIVO PESSOAL

A família de vocês apoiou a decisão de se tornarem pro players?
Isla: Quando eu era menor, não recebia muito apoio da minha família porque tinha que focar mais nos estudos. Mas, depois que me formei na faculdade, consegui uma oportunidade no Valorant com 24 anos. A família me apoiou mais nessa época.
Jacobin: Não [risos]. Ninguém acreditava muito que isso era possível. Como falei, muita gente ainda não conhecia esse mundo. Porém, em 2020, depois que me classifiquei em um campeonato e consegui explicar a dimensão disso, passaram a me apoiar mais.

#pracegover: Isla está ajoelhada sobre uma das pernas em uma ponte de metal dentro de uma parque. Ela tem cabelos vermelhos e veste calça preta, camiseta branca com detalhes em preto e tênis branco, com detalhes em preto e cor-de-rosa. Crédito de imagem: DIVULGAÇÃO/VIVO KEYD/REDES SOCIAIS E ARQUIVO PESSOAL

Qual é a melhor coisa da profissão que vocês escolheram?
Isla: Com certeza é viver fazendo o que gosto.
Jacobin: A sensação de ganhar um campeonato, não tem igual.

E qual é a pior coisa?
Isla: Acho que é ter que lidar com as pessoas que distorcem o que você fala etc.
Jacobin: O pior é quando eu termino o dia e percebo que não rendi como deveria. Que não aprendi nada. Perder é ruim também, mas quando sei que fiz o meu melhor, fico um pouco mais de boa.

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#pracegover: Thalita é branca, tem cabelos pretos e sorri. Ela usa uma camiseta amarela. Crédito de imagem: arquivo pessoal

Vocês fizeram amizades jogando?
Isla: Fiz várias amizades! Tem pessoas com quem jogo com as quais já tenho dez anos de amizade.

Como funciona a rotina de treinamento?
Isla: Falo que é parecido com estudar. Acordo por volta das 7h, tomo café e assisto a partidas de outros times e coisas que preciso para aprender. Às 13h, começo a treinar e vou até de noite. Depois, começo a jogar por diversão [risos] e vou até umas 22h. Aos domingos, eu não jogo nada, uso o tempo para relaxar, assistir a filmes…

Quais são seus ídolos no eSport?
Isla: Meu maior ídolo é o Fallen [que atualmente joga pela Imperial eSports]. E no cenário feminino de Valorant é a Daiki [que hoje está no Team Liquid], nossa representante no mundial.

Qual é o título mais importante que já ganhou até agora?
Jacobin: Eu nem ganhei esse, mas o mais importante foi ser classificado para um chamado First Track, só com os oito melhores times do Brasil participando da versão presencial. Esse foi o torneio responsável por alavancar a minha carreira. Então, mesmo tendo ganhado outros campeonatos, esse foi o mais relevante para mim.

Quais dicas vocês podem dar para quem quer se tornar jogador profissional de algum game?
Isla: Continue jogando e aprendendo. Mesmo se não der certo no começo, continue tentando. Uma hora vai.
Jacobin: Você precisa se dedicar muito e divulgar o seu desempenho de todas as maneiras possíveis. Tem muita gente que é boa no jogo, mas não mostra o trabalho e fica esperando uma oportunidade que não vai chegar. Primeiro você tem que ser bom, é claro. Mas, depois que treinar muito e estiver confiante, exponha sua habilidade.

PRINCIPAIS ESTILOS DE GAMES NOS ESPORTES ELETRÔNICOS

FPS: em que o jogador encara tudo sob o ponto de vista do personagem (Valorant se enquadra aqui).

Moba: arena on-line em que os gamers precisam vencer desafios, como derrubar a torre do time inimigo.

Battle Royale: estilo sobrevivência, ou seja, quem for eliminado por último vence.

Cards: jogos eletrônicos, mas que usam cartas digitais para simular partidas com baralho.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 202 do jornal Joca.

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