Felipe Sali

No dia 8 de janeiro, o príncipe Harry e a esposa, Meghan Markle, divulgaram uma nota afirmando que vão abrir mão de privilégios da família real britânica e buscar independência financeira.

Segundo o comunicado, os dois deixarão de ser “membros sêniores” (pessoas que trabalham ativamente em questões da realeza e fazem parte da linha de sucessão ao trono) e planejam dividir seu tempo entre o Reino Unido e algum país da América do Norte — provavelmente o Canadá, onde Meghan morava antes do casamento.

Não se sabe ao certo o que motivou a decisão, mas alguns fatores podem ter contribuído, como as diversas restrições e obrigações da rotina da realeza — encontros constantes com presidentes e outros príncipes, por exemplo. Além disso, o casal já reclamava há alguns meses de comentários maldosos que jornais do Reino Unido fazem sobre Meghan.

A rainha Elizabeth II (avó de Harry) divulgou comunicado em que disse apoiar inteiramente o desejo do casal de buscar uma nova vida.

O que acontece agora?
Após reunião da rainha Elizabeth II com o casal, ficou decidido que Harry e Meghan deixarão de ser “membros sêniores” aos poucos. Confira algumas das mudanças para eles:

• O casal perde o título de “alteza real” e Harry não poderá mais ser rei — ele estava em sexto lugar na linha de sucessão (saiba mais abaixo), o que já tornava suas chances de assumir o trono bastante baixas.

• As despesas dos membros da família real são pagas pela herança acumulada e pelo Sovereign Grant, um fundo de dinheiro público do reino. Agora, Harry e Meghan deixarão de receber o pagamento do Sovereign Grant e terão que devolver aos cofres públicos 2,4 milhões de libras (cerca de 12,8 milhões de reais), usados na reforma da casa onde vivem.

• Não há detalhes sobre como o casal planeja se sustentar financeiramente. Mas os dois pensam em lançar a própria entidade beneficente.

O que não muda?
Harry e Meghan vão manter o título de duque e duquesa de Sussex e continuarão a ter o direito de morar na residência Frogmore Cottage, nos jardins do Castelo de Windsor. O sistema de segurança que acompanha o casal continuará tão rígido quanto antes.

Fontes: Estadão, Folha de S.Paulo, G1, Istoé, Nexo e Veja.

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