O Pix, método para transferência imediata de valores criado pelo Banco Central do Brasil (BCB), completou dois anos de existência, no dia 16 de novembro. Durante esse período, a ferramenta se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, superando os cartões de crédito e débito.

Cerca de 130 milhões de brasileiros já utilizaram o recurso, que permite transferir dinheiro quase em tempo real. Desde o lançamento, mais de 26 bilhões de transações usando Pix foram contabilizadas, movimentando 13 trilhões de reais. 

Cerca de 70% da população que usa serviços bancários no país já transferiu dinheiro, em algum momento, por meio do Pix. Além das pessoas físicas (os cidadãos), o serviço é bastante comum para pessoas jurídicas (empresas ou organizações). Destas, 11,4 milhões já utilizaram o Pix, ou seja, 55% das empresas em funcionamento no Brasil.

COMO O PIX FUNCIONA?

1 – No aplicativo do banco é colocada a CHAVE PIX* de quem vai receber o pagamento. Comércios costumam ter um QR code para isso.

2 – Um valor para a transferência é definido.

3 – Esse valor é debitado da conta de quem vai pagar a quantia e enviado, usando uma tecnologia do BCB, para a conta de quem vai receber. Tudo acontece em cerca de 10 segundos.

*Chave Pix: pode ser um e-mail, celular, CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), por exemplo.

Golpes
A facilidade do Pix, contudo, trouxe um problema: o aumento no número de golpes. Só nos primeiros seis meses deste ano, o BCB registrou 739.145 crimes com o uso do Pix. Por essa razão, o órgão criou o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que agiliza a recuperação, pelos bancos, de valores roubados, e anunciou que cobrará um fortalecimento dos mecanismos antifraude.

DINHEIRO DIGITAL
Sabia que o Quênia foi um dos primeiros países a criar um modo de transferir dinheiro pelo celular, como o nosso Pix? Por lá, o sistema se chama M-Pesa e surgiu em 2007. Saiba mais na edição de novembro do TINO Econômico.

Glossário

Banco Central do Brasil (BCB): órgão responsável pelo sistema financeiro do país.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 198 do jornal Joca.