Estudo analisou conteúdo de vasos e outros artefatos milenares
Um artigo publicado, em 1o de fevereiro, na revista científica Nature trouxe novas descobertas sobre o complexo processo de embalsamento feito pelos egípcios antigos. Para isso, os pesquisadores analisaram o conteúdo de 31 vasos descobertos em 2016 em uma oficina de mumificação de 2.600 anos atrás, localizada em Saqqara (Egito). A análise dos elementos utilizados para mumificar um corpo levou à conclusão de que os egípcios traziam componentes de outros países, e até mesmo continentes, para elaborar as famosas múmias.
Embalsamento: técnica para preservar um cadáver e retardar a decomposição.
Entre os principais elementos identificados pelos cientistas estão alcatrões (substâncias escuras e espessas), gorduras, resinas de árvore e óleos. Os pesquisadores estimam que, para conseguir alguns desses itens, os egípcios realizavam trocas no Mar Mediterrâneo, compravam de outros países africanos e até mesmo da Ásia.
“Isso é realmente fascinante”, diz Mahmoud M. Bahgat, bioquímico do Centro Nacional de Pesquisas do Cairo e membro da equipe de pesquisa. “Se os egípcios foram tão longe para obter esses produtos naturais específicos, desses países específicos e não de outros países intermediários, significa que eles realmente sabiam o que estavam fazendo, não foi apenas uma questão de tentativa e erro… Eles sabiam sobre microbiologia.”
Microbiologia: estudo científico de micro-organismos.
Fontes: Nature, The Washington Post e Olhar Digital.
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amei essa reportagem joca.
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