Saiba quais são os principais pontos do documento
Durante os dias 8 e 9 de agosto, líderes de 15 países se reuniram em Belém (PA) para a realização da Cúpula da Amazônia. No evento, presidentes de oito nações que têm a Amazônia em seu território assinaram a Declaração de Belém, documento pela preservação da floresta. No entanto, apesar de reconhecer a importância do fato, ambientalistas e pesquisadores criticaram a falta de objetivos claros ao fim da reunião.
Os países que assinaram a Declaração de Belém concordaram que devem cobrar das nações desenvolvidas colaboração no combate às mudanças climáticas. O texto também chama a atenção para a proteção dos territórios indígenas e anuncia a criação da Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento (com os países amazônicos).
O documento, porém, não estabelece uma regra em comum para zerar o desmatamento na região. Assim, cada país vai determinar os próprios objetivos. Estabelecer uma meta era um dos planos do governo brasileiro, mas não houve entendimento nesse ponto. Apesar disso, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, disse que o Brasil continua com a proposta de zerar o desmatamento até 2030.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o texto é o começo dos tratados para combater o desmatamento: “É o ponto de partida para a construção de um consenso em torno da proteção da Amazônia. E os países da América do Sul estão conscientes dessa importância”, declarou.
Cúpula da Amazônia
Esta foi a quarta Reunião dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica. Outros países que têm florestas tropicais, como Indonésia e República do Congo, também participaram. Noruega e Alemanha foram chamados por serem os principais doadores do Fundo Amazônia, programa que investe dinheiro na preservação da floresta. O objetivo do encontro era discutir iniciativas para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 210 do jornal Joca.
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